O governo espera que o Tribunal de Contas da União (TCU) aprove a privatização da Eletrobras, mesmo com o responsável pelo pedido de vista na última reunião do órgão sobre o tema, o ministro Vital do Rêgo, ter informado que votará contra a operação, apontando que o preço está subavaliado e que existem pelo menos cinco ilegalidades no processo.
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Apesar do voto contrário do ministro, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) espera que consiga uma vitória no plenário nesta quarta-feira (18), dando início assim a uma corrida contra o tempo para tentar fazer a operação de venda das ações da estatal do setor elétrico ainda em julho.
De acordo com o jornalista Valdo Cruz, da “Globo News”, dentro do TCU, existe a avaliação de que realmente o governo vá se sair vitorioso. “Aí, o sucesso da venda da Eletrobras vai depender muito do ‘apetite do mercado’ pela empresa neste ano eleitoral e da tramitação na Justiça das prováveis ações contra a operação”, explicou o jornalista.
Ainda conforme ele, pessoas que são contra a privatização da Eletrobras estão esperando o voto do relator do processo para, com base em sua opinião, tentar frear a venda da empresa na Justiça.
Hoje, um dos pontos para ser discutidos é o valor fixado para as ações da Eletrobras. Para Vital do Rêgo, ele está subavaliado em mais de R$ 60 bilhões, o dobro do valor fixado pelo governo. Valdo Cruz explica que o ministro do TCU pediu esclarecimentos sobre o preço das ações, mas, até o momento, nenhuma informação a ponto de se sanar suas dúvidas foi enviada.
Apesar da confiança, existe um temor no governo de que o processo volte a atrasar, ficando assim inviável para este ano. Hoje, o governo diz que precisa privatizar a Eletrobras porque a empresa está sem condições de investir por falta de dinheiro em caixa e o Tesouro Nacional não tem como fazer aportes. No entanto, críticos do processo ressaltam que a estatal está numa fase de recuperação e voltou a dar lucro.
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