O Ministério da Economia revisou suas projeções para a inflação no Brasil em 2022. De acordo com o órgão do governo federal, o país deve fechar o ano com uma taxa inflacionária anual de 7,9%. A saber, o ministério havia projetado anteriormente uma inflação de 6,55% neste ano, ou seja, a estimativa subiu 1,35 ponto percentual (p.p.).
A saber, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pesquisado pelo IBGE, é considerado a inflação oficial do país. Em abril, a taxa teve a maior variação para o mês desde 1996 (1,06%) e passou a acumular uma forte alta de 12,13% em 12 meses. Isso quer dizer que a inflação no país está mais de 4 p.p. acima da projeção do governo.
Caso a estimativa do governo se confirme, o nível ficará bem acima da meta definida para este ano, de 3,50%. Além disso, o patamar irá ultrapassar em 4,9 p.p. o limite superior definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 5,00%.
Em resumo, o CMN define o centro da meta da inflação, mas também permite um intervalo de 1,5 p.p. para cima ou para baixo. Em outras palavras, a taxa será formalmente cumprida se ficar entre 2% e 5%. No entanto, a expectativa é que a inflação supere em muito esse intervalo.
A propósito, os dados fazem parte do Boletim MacroFiscal, divulgado nesta quinta-feira (19) pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia.
Projeção para o PIB fica estável
Por sua vez, as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022 se mantiveram estáveis em 1,5% neste ano. Em suma, o PIB tem a função de agir como um mecanismo para medir a evolução da economia através da soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
Vale destacar que as projeções do governo federal se baseiam no cenário atual do Brasil. Como o país vem enfrentando uma inflação bastante elevada, as expectativas são de juros ainda mais altos que esperado. Inclusive, a taxa básica de juro da economia, a Selic, está em 12,75% ao ano, maior patamar desde 2017. E a expectativa é que suba ainda mais até o final do ano.
A saber, os juros mais altos encarecem o crédito e reduzem o poder de compra da população. Assim, desaquecem a economia e impedem um crescimento mais firme do PIB. E o objetivo dessa medida é enfraquecer a demanda para que, assim, a inflação também perca força.
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