O governo federal, por meio do Ministério da Fazenda, revelou nesta quarta-feira (19) a revisão para a estimativa do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com a pasta, o país, agora, deverá crescer 2,5% em 2023. O número é maior do que o estimado em maio, quando o governo estimou que a alta do PIB seria de 1,91% neste ano e também é superior ao número revelado em junho, quando o Ministério informou que o chamado “carry over” (carregamento estatístico) para o crescimento em todo este ano é de 2,4%.
É possível CANCELAR compra feita pelo filho? Tire suas dúvidas!
Bastante mencionado na economia, o PIB é um indicador usado para medir a evolução da economia, sendo a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – importante destacar que, nem sempre, a alta do PIB equivale necessariamente a bem-estar social.
“Mais de 40% do crescimento esperado para o ano se deve à dinâmica do setor agropecuário”, afirmou o Ministério da Fazenda, que informou que, para os demais setores produtivos, o cenário projetado segue considerando desaceleração frente ao ano anterior, “ainda em repercussão à política monetária contracionista [taxa de juros elevada, em 13,75% ao ano] e ao menor ritmo de crescimento global”.
Diferentemente do número de 2023, que foi atualizado, o percentual para o próximo ano ficou o mesmo do estipulado anteriormente: 2,3%. No começo deste mês, Guilherme Mello, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, antecipou que o governo poderia elevar o patamar esperado para este ano do PIB.
Nesta quarta, além da previsão do PIB, a pasta também revisou para baixo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023. Em maio, o percentual esperado era de 5,38%, mas, agora, caiu para 4,85%.
De acordo com o Ministério da Fazenda, a expectativa de inflação foi revisada para baixo “repercutindo as surpresas positivas com a divulgação do IPCA de abril e maio”. Além disso, a pasta também pontuou que essa redução se deu por conta do:
- Reajuste autorizado para plano de saúde levemente inferior ao projetado;
- Da redução nos preços da gasolina, diesel e gás de botijão nas refinarias;
- E de revisões nas tarifas de energia elétrica residencial e ônibus urbano.
Caso seja confirmado, este será o terceiro ano consecutivo em que há o relato de estouro da meta de inflação, ou seja, no qual o IPCA fica acima do teto fixado pelo sistema de metas. No ano passado, a inflação somou 5,79% – na semana passada, o mercado financeiro soltou uma previsão de que o IPCA deste ano ficará em 4,95%.
Leia também: Saiba quais os alimentos que mais subiram de preço nos primeiros meses do ano