O governo federal doou cerca de 2,1 mil litros de azeite de oliva para a produção de combustível no país. A saber, o Ministério da Agricultura fez a apreensão do produto em dezembro do ano passado durante uma ação de fiscalização, que suspendeu a venda de 24 marcas de azeite de oliva.
Em resumo, o Hospital Pequeno Cotolengo, de Curitiba (PR), recebeu a doação dos mais de dois mil litros de azeite no último dia 5. A propósito, o material se transformará em biodiesel, pois estava impróprio para o consumo humano.
De acordo com o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul, havia presença de outros óleos vegetais no material apreendido. Dessa forma, há uma descaracterização do produto como azeite de oliva. Aliás, essa é uma das fraudes mais comuns relacionadas à comercialização do produto.
Como o seu uso foi considerado impróprio para o ser humano, o azeite deverá encontrar outra finalidade. Com isso, o material seguirá para uso industrial, como a fabricação do biodiesel.
“Além da apreensão, a empresa responsável foi autuada em processo administrativo, com imposição de multa. O processo também será encaminhado ao Ministério Público para demais apurações de competência desse órgão”, explicou José Roberto Viccino, auditor fiscal federal agropecuário, do SIPOV – SFA/PR, responsável pela fiscalização.
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Entenda como o azeite é falsificado
A saber, o método mais usado por quem frauda o azeite é misturar óleo de soja a corantes e aromatizantes artificiais. Com isso, o produto perde a sua essência, pois passa a conter itens desconhecidos em sua composição.
Outra fraude comum consiste na venda de azeite de oliva refinado como azeite extra virgem. Nesse caso, o consumidor precisa ficar atento e conhecer as características de ambos os produtos para evitar consumir algo fraudado.
Por fim, vale destacar que o azeite de oliva é o segundo produto alimentar mais fraudado do planeta, atrás apenas dos pescados.
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