O Governo Federal deve enviar, ainda em agosto, uma proposta para o Congresso. O intuito é modificar as regras do saque-aniversário, pauta que entrou no alvo do atual governo desde o início do mandato. Apesar das falas, até agora a equipe ministerial de Lula não se movimentou em relação ao assunto, o que deve acontecer no próximo mês.
Por isso, hoje vamos entender como aderir à modalidade antes das mudanças de regras, além de mostrrar o que pensa o atual governo sobre o saque-aniversário do FGTS.
Como aderir ao saque-aniversário?
Segundo os dados da Serasa, atualmente os resgates do saque-aniversário somam 9,58% das operações de saque do FGTS. A dispensa sem justa causa segue sendo a principal finalidade dos resgates, com 54,95% das operações. Dessa forma, muitos brasileiros já estão aderindo à modalidade em momentos que não são cruciais.
Por isso, se você quer aderir ao saque-aniversário, o primeiro ponto a pensar é o prazo de trancamento dos valores. Isso porque é preciso aderir à modalidade. Porém, na hora de desistir, é preciso ficar 2 anos esperando a regra voltar ao normal. Isso pode impactar bastante nas finanças pessoais, principalmente em momentos de maior aperto financeiro.
Para aderir ao saque-aniversário, basta ir no app Meu FGTS e selecionar a opção na tela inicial. Para especialistas, o trabalhador deve considerar o valor apenas em emergências e o uso não deve ir para gastos recorrentes. Além disso, é preciso ressaltar que a modalidade tem apenas um saque validado por ano, mas que os cidadãos que aderem à modalidade podem optar pela antecipação do FGTS, pagando juros para os bancos.
Mudanças esperadas podem ser boas
Segundo os bastidores de Brasília, as mudanças previstas no saque-aniversário podem ser boas para os cidadãos e melhorar o programa que, hoje, já tem uma boa aderência da população. Apesar disso, vale ressaltar que o governo ainda não enviou o projeto oficial e os brasileiros saberão mais detalhes assim que houver o envio do texto.
Contudo, fontes do jornal “O Globo” afirmam que o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, quer permitir o saque integral do FGTS em caso de demissão sem justa causa, mesmo que o trabalhador tenha aderido ao saque-aniversário.
Além disso, o jornal afirma que o saque-aniversário seria retroativo. Isso quer dizer que quem aderiu à modalidade e teve, posteriormente, uma demissão, poderá sacar o valor assim que o projeto for modificado. Segundo interlocutores, isso valeria para quem foi demitido há até 4 anos.
Após ser fortemente criticado por defender o fim da modalidade, o governo entendeu que não teria forças para acabar com o saque-aniversário. A proposta ajustaria a maior distorção da modalidade e poderia engajar mais pessoas a sacar o valor das contas.