O governo federal deu o aval para que os caminhoneiros recebam um auxílio após as seguidas altas no preço do diesel. A informação foi revelada nesta quinta-feira (23) pela jornalista Ana Flor, da “Globo News”, que explicou que o chamado “voucher do caminhoneiro” prevê o auxílio de R$ 1 mil e já está em discussão no Congresso Nacional.
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De acordo com a comunicadora, o aval veio da equipe do ministro da Economia Paulo Guedes e mostrou ao Congresso que os parlamentares não terão mais nenhuma resistência do governo para distribuir o auxílio para até 800 mil caminhoneiros – o gasto previsto para viabilizar a medida é de R$ 4,8 bilhões.
Conforme contou Ana Flor, em um primeiro momento, a ideia era um benefício de R$ 400 aos caminhoneiros, base de apoio político do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). No entanto, esse valor foi chamado de “esmola” por integrantes da categoria.
Além dos caminhoneiros
O governo não deu o aval somente para que os caminhoneiros sejam beneficiados. A área econômica da gestão Bolsonaro também deu sinal verde para a ampliação do vale gás, que passaria a ser distribuído todos os meses, diferentemente do que acontece hoje, que o auxílio é enviado a cada dois meses.
De acordo com as informações, essa mudança deve consumir quase R$ 6 bilhões do crédito extraordinário que o Congresso avalia incluir em uma Proposta de Emenda à Constituição que hoje se encontra em análise nas Casas legislativas.
Esperança em ano de eleições
Com o auxílio aos caminhoneiros, o aumento na distribuição do vale gás e ainda com a tentativa de diminuir o preço dos combustíveis ao limitar o ICMS cobrado pelos governos, a gestão de Bolsonaro espera reverter o impacto negativo dos reajustes recentes da Petrobras, que ajudam a elevar a inflação e podem impactar nos planos do chefe do Executivo, candidato à reeleição.
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