Números revelados pelo portal “Congresso em Foco” neste sábado (08) mostram que, de janeiro de 2019 até o começo de 2022, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) já desembolsou, através de agências de propaganda, quase R$ 2 milhões com impulsionamentos de publicidade institucional no Twitter.
Segundo o portal, de forma exata, até a última sexta-feira (07), foram gastos R$ 1.951.781,89 na plataforma, um montante que representa 48,86% dos R$ 3.994.345,41 pagos à rede social desde 2015.
Tendo como base os dados disponíveis no Portal da Transparência, contata-se que órgão que lidera a lista de gastos com o Twitter é o Ministério da Saúde, que fechou 88 contratos com a plataforma, totalizando R$ 772.394,80 desde o início do governo de Jair Bolsonaro.
Essa mesma pasta, em janeiro de 2021, assim como publicou o Brasil123, teve uma publicação sinalizada pela plataforma, que afirmou à época que o post do Ministério da Saúde continha informações enganosas. O tuíte em questão falava sobre tratamento precoce contra a covid-19, tema até hoje defendido pelo presidente Bolsonaro e sua base apoiadora.
Bolsonaro não é o maior investidor do Twitter
Logo atrás do Ministério da Saúde aparece a Presidência da República, que de janeiro de 2019 até esta sexta-feira (07) havia fechado 57 contratos totalizando R$ 546.331,63 pagos ao Twitter Brasil Rede de Informação Ltda.
Apesar do alto valor despendido, não é Jair Bolsonaro o presidente campeão quando o assunto é investimento com impulsionamentos no Twitter. Isso porque, na frente dele, está o ex-chefe do Executivo Michel Temer (MDB), que gastou R$ 709.810,53 em postagens durante seu tempo de mandato.
Por outro lado, segundo o Portal da Transparência, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi a “mais econômica”. Isso porque, de acordo com o site, a petista destinou “apenas” R$ 106.582,70 ao impulsionamento de suas mensagens na plataforma.
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