O governo está preocupado com a iminente formação de uma chapa composta pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido). Isso porque, de acordo com a jornalista Andreia Sadi, da “Globo News”, caso se confirme, a chapa Lula-Alckmin acabará neutralizando o desgaste da imagem do PT.
Hoje, ainda conforme a comunicadora, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vem abrindo diversas frentes para investir na recuperação de sua base eleitoral e, assim, tentar garantir vantagem nas eleições de 2022.
Para garantir seus votos e tentar vencer Lula, Bolsonaro terá o antipetismo como maior estratégia. Além disso, o grupo do presidente também usará outros assuntos para capitalizar votos como a pauta de costumes, que tem como intuito trazer para perto o segmento evangélico e mais conservador da sociedade.
Todavia, os números apresentados pelo Instituto Datafolha na quinta-feira (17) acenderam um sinal de alerta, pois, de acordo com a jornalista, mostrou aos aliados de Bolsonaro que o antipetismo não está “pesando” tanto quando eles imaginam.
Não suficiente, eles ainda avaliam que a aliança formal com Alckmin, que tem um perfil conservador e religioso, possa acabar aumentando ainda mais a distância atual entre Lula e Bolsonaro nas pesquisas eleitorais, pois, na visão dos aliados do presidente, o ex-governador de São Paulo como vice do petista pode passar a ser visto como se fosse uma escolha “segura” para os eleitores que não gostam de Lula, mas muito menos de Bolsonaro.
Por conta disso, revelou nesta sexta-feira (17) Andreia Sadi, a estratégia do governo Bolsonaro está sendo, de acordo com um dos aliados mais próximos do chefe do Executivo: “colar o PT nas costas de Lula” o tempo todo. “A nossa estratégia é essa: explorar a rejeição ao PT, que vai dar a vitória a Bolsonaro”, deseja o interlocutor de Bolsonaro.
Um vice para Bolsonaro
Por fim, a informação é que, com o impacto causado pela eventual aliança entre Lula e Alckmin, Bolsonaro e seus aliados começam a pensar em quem seria um vice ideal no lugar de Hamilton Mourão (PTRB).
Para Bolsonaro, o nome ideal seria Braga Netto, pois ele vê no ministro da Defesa uma espécie de “seguro impeachment” por ele ser militar. No entanto, ainda não há nada certo porque membros do PL, partido do presidente, não querem um militar na chapa com o chefe do Executivo.
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