A questão do salário mínimo é uma fonte significativa de apreensão para os trabalhadores, uma vez que representa o menor valor que alguém pode receber no país. Anualmente, o Governo Federal deve ajustar esse piso nacional, suscitando dúvidas entre os brasileiros sobre o possível aumento do benefício. O presidente Lula (PT) já expressou sua posição a respeito desse assunto.
Repercussão do aumento do salário mínimo
É crucial ressaltar que o salário mínimo tem repercussões em diversas áreas da economia. De fato, aqueles que recebem outros tipos de benefícios podem se beneficiar de um aumento decorrente do reajuste do piso nacional. A Proposta de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023 já foi encaminhada ao Congresso com o valor do reajuste.
Antes de tudo, é essencial compreender como o governo calcula o salário mínimo. Entre 2009 e 2019, o Governo considerava dois índices: utilizava a inflação para medir a variação de preços e o Produto Interno Bruto (PIB) para representar o crescimento econômico do país.
No entanto, desde 2020, o cálculo leva em conta apenas a inflação, resultando em uma ausência de aumento real para os trabalhadores. Esta situação, no entanto, está prestes a mudar em 2024.
Segundo o presidente Lula, o Brasil retornará à antiga política de reajuste, considerando tanto o PIB quanto a inflação. Isso implica que os trabalhadores poderão contar com um aumento real em seus salários. O valor proposto pelo Governo Federal para 2024 é de R$ 1421, mas é importante observar que essa proposta ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional.
O reajuste do piso nacional afeta automaticamente outros benefícios, como o piso do INSS, o qual se ajusta automaticamente quando há alteração no salário mínimo. Além disso, o PIS/Pasep e o FGTS também passarão por reajustes, uma vez que seus cálculos têm como base o salário mínimo. Espera-se a implementação do novo valor do salário mínimo em janeiro do próximo ano.
Governo confirmou aumento do salário?
O Governo Federal já ratificou a fixação do salário mínimo em R$ 1421? Primeiramente, é fundamental esclarecer como será realizado o cálculo desse benefício.
Conforme mencionado anteriormente, o salário mínimo deve ser ajustado regularmente. Entre 2009 e 2019, o Governo utilizava dois índices para esse fim: o Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação. Na prática, isso proporcionava aos brasileiros um aumento real, uma vez que o PIB reflete o crescimento econômico do país.
No entanto, desde 2020, o Governo adota apenas a inflação para efetuar o cálculo. Embora tenha havido um reajuste no salário mínimo, esse aumento não se traduziu em ganho real no poder de compra dos trabalhadores. Para o ano em curso, Lula pretende retomar o antigo método de cálculo, baseado tanto no PIB quanto na inflação, uma das promessas centrais de sua campanha em 2022.
Com essa previsão, o novo valor do salário mínimo seria de R$ 1421. O Governo Federal encaminhou essa proposta ao Congresso Nacional por meio do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). Contudo, para a confirmação do valor de R$ 1421, é necessário que o Congresso aprove o reajuste proposto pelo Executivo Federal. Especialistas indicam boas chances de aprovação, o que implica que o salário mínimo pode passar de R$ 1320 para R$ 1421.
Mudanças nos valores dos benefícios
Vale ressaltar que diversos benefícios estão vinculados ao salário mínimo. Assim, à medida que o piso nacional aumenta, esses benefícios também são ajustados. Isso inclui o piso do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), cujo valor corresponde ao salário mínimo.
O abono salarial PIS/Pasep, calculado com base no piso nacional, também será reajustado. Nesse caso, o Governo determina o benefício com base no valor máximo que os trabalhadores e servidores podem receber com o abono.
Naturalmente, os trabalhadores que têm emprego formal e recebem um salário mínimo experimentarão um aumento no FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Isso ocorre porque o empregador deposita 8% da remuneração do colaborador nesse fundo.