Com o nome provisório de “Voa Brasil”, um novo programa do governo federal visa a redução do valor das passagens aéreas, voltado para a população de baixa renda.
A saber, o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, apontou em audiência na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (26), novos detalhes do futuro programa que pretende democratizar o acesso ao transporte aéreo.
Aliás, segundo França, o mesmo deve ser lançado até agosto deste ano.
Passagens aéreas a R$ 200
O ministro deu detalhes sobre valor e quais companhias já estão confirmadas:
“A adesão é voluntária, portanto, a empresa não é obrigada a aderir. Não tem subsídio do governo nas passagens aéreas. O preço é de até R$ 200. Assento e rotas, quem vai definir são as empresas. Latam, Gol e Azul já toparam entrar. Agora, estamos na fase de conversar com cada um dos aeroportos para que eles nos ofereçam um benefício, porque não teria sentido o sujeito pagar R$ 200 pela passagem e R$ 60 pela taxa de embarque”, explicou.
Ainda mais, uma das alternativas em estudo é que parte da taxa de embarque seja devolvida em forma de cashback para consumo no próprio aeroporto.
Além disso, o ministro exemplificou o público-alvo que pode ser atendido pelo “Voa Brasil” em rotas e horários alternativos.
“A nossa previsão é que um casal de aposentados, por exemplo, vai pagar R$ 800 ida e volta para qualquer lugar do Brasil. Se [a compra da passagem] for pelo Banco do Brasil ou pela Caixa Econômica Federal, isso vai dar 12 prestações de R$ 72. É uma passagem que fica viável para muitas pessoas”, pontuou França.
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Infra
A redução do “custo Brasil” nos combustíveis de aviação e o incentivo a práticas internacionais de concorrência por meio de empresas aéreas de baixo custo (“low cost”) também estão nas metas do ministério.
Em relação à infraestrutura, Márcio França anunciou a intenção de colocar mais 100 aeroportos regionais em pleno funcionamento até o fim do governo Lula.
A saber, o primeiro entrou em operação recentemente em Linhares (ES), e a meta é chegar a um total de 222 aeroportos com voos regulares no país.
Dessa forma, o ministro prevê parcerias com a Infraero e público-privadas para aumentar a capacidade de execução das obras.
“O nosso problema no governo federal hoje não é dinheiro. Nosso problema é conseguir executar as obras. Eu acho que vencer as etapas da burocracia é um desafio especial do Legislativo para encontrar saídas para a gente não ficar com o recurso [parado], sem poder fazer a infraestrutura necessária para o Brasil inteiro”, disse França.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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