O ministro das Cidades, Jader Filho, anunciou nesta semana que o programa habitacional Minha Casa Minha Vida deve ampliar o seu público. A saber, a ideia é criar uma nova faixa de renda, a Faixa 4, para contemplar as famílias de classe média.
Na prática, seria para financiar imóveis de famílias que tenham renda familiar de até R$ 12 mil mensais.
Cabe mencionar que a declaração foi dada na presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em seu programa semanal, por meio da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), e transmitida nas redes sociais do governo.
“Estamos conversando com a Caixa, discutindo para a gente poder fazer uma faixa estendida até R$ 12 mil. Discutindo com a Casa Civil”, afirmou Jader Filho.
Contudo, é preciso ressaltar que ele não apontou nenhuma data para o lançamento.
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Ampliação do Minha Casa Minha Vida
“Prometo que no próximo encontro que eu estarei aqui, já vou trazer essa novidade boa. De fato, nós precisamos atender a um maior número de famílias. Quanto mais famílias nós pudermos trazer, e elas realizarem o sonho da casa própria, é importante que isso seja atendido”, disse o ministro.
Como se sabe, hoje, o Minha Casa Minha Vida na área urbana vai até a Faixa 3, voltada para famílias que ganham até R$ 8 mil mensais.
“Nós queremos, inclusive, Faixa 4. Nós queremos que pessoas que queiram casa de três quartos, quatro quartos, possam ter uma casa financiada pelo governo”, declarou Lula.
Presidente Lula já sinalizado a iniciativa
Inclusive, essa não é a primeira vez em que Lula traz essa possibilidade em pauta. Vale lembrar que em junho, também na live semanal, o presidente já tinha dito que o governo precisava atender a essa faixa de renda.
“Nós precisamos fazer não apenas o Minha Casa Minha Vida para as pessoas mais pobres. Precisamos fazer o Minha Casa Minha Vida para a classe média. O cara que ganha R$ 10 mil, R$ 12 mil, R$ 8 mil esse cara também quer ter uma casa e esse cara quer ter uma casa melhor”, declarou naquela ocasião.
Cenário atual
Vale destacar que as regras atuais do Minha Casa Minha Vida foram publicadas em abril pelo governo. Inclusive, o documento prevê que 2 milhões de famílias sejam atendidas até 2026.
Em suma, de acordo com a portaria, as linhas de atendimento do programa são limitadas da seguinte maneira:
- Até R$ 170 mil para novos imóveis em áreas urbanas e locação social, com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial ou do Fundo de Desenvolvimento Social;
- Até R$ 75 mil para novos imóveis em áreas rurais, com recursos da União;
- Até R$ 40 mil para melhoria habitacional em áreas rurais, com recursos da União.
Além disso, a portaria estabelece que os subsídios que serão concedidos com recursos da União estarão limitados às famílias que estão enquadradas nas faixas de renda urbano e rural 1 e 2.
Na Faixa 3, voltada para famílias de maior renda no campo e na cidade, não há subsídio. Isso significa que a família paga 100% do valor do imóvel – a vantagem está nos juros mais baixos e no prazo maior de parcelamento.
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Faixas de enquadramento do Minha Casa Minha Vida
As divisões atuais são:
Urbano
- Faixa 1: renda bruta familiar mensal até R$ 2.640;
- Faixa 2: renda bruta familiar mensal de R$ 2.640,01 a R$ 4,4 mil;
- Faixa 3: renda bruta familiar mensal de R$ 4.400,01 a R$ 8 mil.
Rural
- Faixa 1: renda bruta familiar anual até R$ 31.680;
- Faixa 2: renda bruta familiar anual de R$ 31.680,01 até R$ 52,8 mil;
- Faixa 3: renda bruta familiar anual de R$ 52.800,01 até R$ 96 mil.
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