Cláudio Castro se envolveu em mais uma polêmica relacionada a eventos. Dessa vez, o ponto focal foi o Carnaval deste ano. De acordo com informações levantadas pelo UOL, o camarote do governador do Rio de Janeiro custou a Secretaria Estadual de Turismo aproximadamente R$900 mil.
De acordo com a reportagem publicada, o valor consta em uma nota fiscal inserida na última quinta-feira no Sistema Eletrônico de Informações (SEI), que é uma plataforma que junta as documentações administrativas do Poder Público Estadual.
Ao ser procurada, a assessoria de imprensa da Secretaria de Turismo informou que “a nota, apesar de emitida, não foi paga e passará por auditoria onde serão revistos os valores praticados nos serviços pela empresa”. A nota foi emitida pela Buzzline Serviços, Entretenimento e Produção, onde, em sua descrição, informa “serviços de planejamento, organização, promoção, coordenação e produção do camarote do Governo do Estado”.
Na lista de serviços, estão inclusas dez vans para o deslocamento do Palácio Guanabara para a Marquês de Sapucaí, 120 camisas para seguranças, 100 camisas de staff e 30 de coordenação. Também foi incluída, na lista, água e refrigerante para cinco mil pessoas, bem como amendoim para três mil convidados.
A princípio, o valor deverá ser debitado de um contrato com a própria empresa, que foi assinado em novembro do ano passado, no valor de R$27,4 milhões, que visava atender todas as demandas por eventos da Secretaria de Turismo ao longo do ano.
Gasto publicitário com o Carnaval
Além dos gastos com a Buzzline, a Secretaria de Turismo havia investido R$ 2,5 milhões para realizar uma campanha publicitária na Sapucaí, que tinha como foco a divulgação do interior do estado. Algumas imagens desta campanha decoraram o camarote do governo.
Os custos não foram detalhados, contudo, na época, a assessoria do governo disse que “a ação conta com dezenas de peças publicitárias distribuídas pelo Sambódromo, divulgando as regiões fluminenses e seus atrativos, como o Vale do Café, Costa Verde, Costa do Sol, Serra Verde Imperial e outras”.
Aniversário do governador causou polêmicas
Como informado anteriormente, não é o primeiro evento organizado pelo governo do estado a causar polêmica. Em março, o governador comemorou seus 43 anos no Jockey Club Brasileiro, localizado na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro. O evento contou com 1200 pessoas, contando com a presença de diversos cantores, como Belo, Mumuzinho, bateria da Grande Rio e Alcione.
Não se sabe, ainda, quem custeou a festa de aniversário do governador. Segundo Cláudio Castro, a festa “foi custeada por secretários de estado e amigos próximos”, contudo, ele não informou o custo total do evento realizado no Jockey Club e nem mesmo informou o nome das pessoas que pagaram pelo evento.
O evento foi alvo de representação de alguns políticos no MPRJ, entre eles Marcelo Freixo. “O salário do governador e a suposta vaquinha feita pelos secretários não são suficientes para pagar uma festa no Jockey Club para 2 mil pessoas e regada a camarão empanado e bebidas importantes. Quanto custou essa festa? R$1 milhão? Quem bancou a farra? Como o governador Cláudio Castro não explica quem pagou, nós acionamos o Ministério Público. O povo do Rio de Janeiro, que tem sofrido tanto para sobreviver nessa crise, tem o direito de saber”, disse Freixo.