O Tribunal de Contas da União (TCU) está avaliando obrigar que as pessoas que participaram dos atos de vandalismo que acabaram na depredação do Congresso, do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) no domingo (08) paguem o valor que será gasto na recuperação dos locais. A informação foi revelada nesta segunda-feira (09) pela jornalista Andreia Sadi, do canal “Globo News”.
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Até o momento, mais de 1200 pessoas já foram presas por conta dos atos. No final da noite de domingo, a juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, autorizou que esses detidos sejam encaminhados para as penitenciárias da Papuda e feminina.
Em tese, essas pessoas deveriam ficar na Direção da Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP) até a audiência de custódia. No entanto, a transferência foi autorizada “para se evitar concentração de pessoas e mais tumulto que viole a paz pública Distrital”. Além dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), andreia Sadi revelou que outras pessoas podem acabar tendo que arcar com a recuperação dos locais.
Segundo ela, apontados como lenientes com os atos terroristas, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e o ex-secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, também podem ser cobrados pelo TCU. Assim como publicou o Brasil123, Anderson Torres, que até duas semanas atrás era ministro da Justiça de Bolsonaro, foi exonerado do cargo acusado de não ter coibido a ação dos criminosos. Já Ibaneis Rocha foi afastado do cargo por Alexandre de Moraes, ministro do STF, que afirmou que os ataques só podem ter sido registrados com a anuência do governo local.
Conforme Andreia Sadi, até o momento, a conta do estrago causado pelos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está nos Estados Unidos, ainda não foi divulgada. Todavia, para se ter uma ideia, uma única obra de arte – a tela “As Mulatas”, de Di Cavalcanti – que estava no Planalto e foi destruída pelos criminosos, está avaliada em R$ 8 milhões.
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