Rodrigo Garcia (PSDB), governador de São Paulo, foi multado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) paulista em R$ 21 mil por ter utilizado a máquina pública durante sua campanha para a reeleição no pleito deste ano. O gestor foi o terceiro candidato mais votado para o governo de São Paulo no primeiro turno das eleições.
Guedes defende sua gestão e ataca Lula
Ao todo, ele, que substituiu João Doria (PSDB), que renunciou ao cargo, obteve 4,2 milhões de votos (18,40%), não tendo chegado sequer no segundo turno – a disputa teve vitória de Tarcísio de Freitas (Republicanos), que venceu contra Fernando Haddad (PT).
De acordo com informações reveladas pelo canal “CNN Brasil” neste sábado (19), o governador foi multado após uma ação protocolada pela Coligação Juntos por São Paulo, composta por PT, PCdoB, PSB, PSOL, Rede e Agir de Fernando Haddad.
Na ação, as legendas afirmaram que o governador de São Paulo “teria praticado atos de abuso de poder consubstanciados em propaganda eleitoral em prédios da administração pública com a respectiva divulgação no servidor de aplicação Instagram”.
Em seu voto, Afonso Celso da Silva, juiz do TRE e relator da ação, afirmou que, “em verdade, a utilização de todo o aparatos” mencionados pela acusação “correu de forma a evidenciar que somente seria ela possível apenas àqueles que ocupam cargo na administração pública”.
“Especialmente na posição do então candidato a governador, evidenciando que o Estado deixou de atender ao interesse público somente para servir, também, ao seu interesse eleitoral”, apontou o juiz, que apesar de ter concordado com o pagamento de multa, não acatou a solicitação por completo. Isso porque as legendas queriam que o magistrado cassasse o registro de candidatura de Garcia, o que não foi atendido.
Por conta disso, o governador, que deixa o cargo no próximo dia de 31 de dezembro, terá que pagar os R$ 21 mil citados. Ele não foi o único a ser penalizado. Seu candidato a vice, Eugênio Zuliani (União Brasil), também foi multado. Ao todo, ele deverá pagar R$ 5 mil aos cofres públicos.
Leia também: Lula diz que é preciso derrotar ‘ignorância’ e ‘bolsonarismo’