Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi condenado nesta sexta-feira (30) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, desta forma, foi declarado inelegível pelos próximos oito anos.
Em sua conta no Twitter, Tarcísio de Freiras afirmou que a liderança de Bolsonaro como representante da direita é “inquestionável” e assim continuará. Nesse sentindo, ele, que foi ministro no governo Bolsonaro, afirmou que continua junto do ex-chefe do Executivo.
Bolsonaro inelegível: veja como foi a repercussão internacional
“A liderança do presidente Jair Bolsonaro como representante da direita brasileira é inquestionável e perdura. Dezenas de milhões de brasileiros contam com a sua voz. Seguimos juntos, presidente”, disse o governador em sua conta no Twitter.
Com Bolsonaro fora de cena, o nome de Tarcísio de Freitas é um dos mais cotados para as eleições presidenciais de 2026. Além do gestor paulista, outro nome que pode representar a direita na próxima corrida eleitoral para a presidência é Romeu Zema (União Brasil), governador de Minas Gerais
Bolsonaro condenado
Assim como publicou o Brasil123, Bolsonaro foi condenado no julgamento que começou em 22 de junho e terminou nesta sexta, após quatro sessões. Apesar de a defesa poder entrar com recursos tanto no TSE quanto no Supremo Tribunal Federal (STF), a decisão da Justiça Eleitoral já está valendo.
O ex-presidente foi condenado por conta de uma reunião com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, convocado por ele mesmo. Na ocasião, o até então presidente atacou, sem nenhuma prova, o sistema eleitoral brasileiro. Não suficiente, o encontro, além de ter sido transmitido nas redes sociais de Bolsonaro, também foi veiculado na TV oficial do governo.
Na quinta, votaram quatro ministros, sendo eles: Benedito Gonçalves, relator da ação, Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares. Já nesta sexta, foi a vez de votar três membros do TSE: Cármen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes. Confira como se posicionou cada um dele:
- Benedito Gonçalves, relator: pela condenação;
- Raul Araújo: pela absolvição;
- Floriano de Azevedo Marques: pela condenação;
- André Ramos Tavares: pela condenação;
- Cármen Lúcia: pela condenação;
- Nunes Marques: pela absolvição;
- Alexandre de Moraes: pela condenação.
O julgamento encerrado nesta sexta também tinha como algo o general Walter Braga Netto (PL), que foi vice de Bolsonaro nas eleições de 2022. Diferentemente do que aconteceu com o ex-presidente, todos os ministros votaram para absolver o general, que, desta forma, continua com seus direitos políticos intactos.
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