Na terça-feira (31), o Google admitiu o erro ao anunciar a vitória de Rogério Marinho no Senado. Segundo a empresa, devido a um erro no algoritmo do sistema, a ferramenta de busca da empresa mostrou o parlamentar como presidente eleito do Senado, um dia antes da eleição para a Casa.
Segundo o texto, “títulos das seções notícias principais são gerados de modo contínuo por algoritmos. Neste caso, o sistema não funcionou como previsto e o título foi corrigido”, afirma o Google, em nota.
Detecção do erro
Segundo relatos de usuários, o erro foi detectado nesta terça-feira (31), véspera da votação para a nova presidência do Senado. Ao buscar o nome do senador, a plataforma exibia a chamada “Rogério Marinho é eleito presidente do Senado”, acompanhada de uma aba de notícias sobre o parlamentar.
O erro apareceu na página do Google até às 14h30, ao pesquisar o termo “Rogério Marinho”. Contudo, o mesmo erro não foi cometido ao procurar o nome do adversário de Marinho, Rodrigo Pacheco (PSD). Além disso, outros nomes em disputa, como Arthur Lira (Progressistas) e Chico Alencar (PSOL-RJ) não sofreram mudanças na plataforma.
Vale ressaltar que a votação na Câmara dos Deputados será realizada na quarta-feira (1º).
Rogério Marinho e disputa pelo poder
Marinho é o principal adversário do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que busca a reeleição. Os aliados de Pacheco acreditam que ele tenha cerca de 50 votos, garantindo sua reeleição.
O Grupo de apoio a Marinho, formado por PL, PP e republicanos, argumenta que o senador tem cerca de 30 votos garantidos, mas pode garantir a vitória com o voto silencioso dos demais senadores que não querem Pacheco reeleito.
Durante a campanha, Rogério Marinho juntou-se aos parlamentares na defesa do respeito ao mandato, na defesa dos privilégios dos deputados e, sobretudo, contra ações judiciais que decidiram derrubar a imagem de influenciadores e parlamentares de direita, firmando ataques a democracia e compartilhando fraudes, após casos avaliados pelo judiciário.
Duelo no Twitter
No Twitter, o clima de disputa pelo Senado se intensificou nesta terça-feira (31), com confronto de hashtags buscando somar à rejeição dos candidatos. A hashtag “MarinhoNÃO”, foi citada mais de 68 mil vezes.
A hashtag realiza diversas críticas, como o estreitamento de laços entre o senador e o governo Bolsonaro, bem como, o manejo da pandemia e ataques ao sistema eleitoral, elegendo Rogério Marinho como o candidato que deveria dar continuidade ao legado de Bolsonaro.
Por outro lado, a hashtag “PachecoNÃO” ganhou mais destaque na web com mais de 170 mil tweets, graças ao perfil bolsonarista e outras seções de direita como os perfis MBL Brasil e Vem Pra Rua Brasil. Em uma postagem, um usuário argumentou que a queda de Pacheco poderia “permitir que Lula caia antes que destrua o Brasil”.
Em resumo, cabe destacar que a votação no Senado é feita internamente e entre os senadores por voto secreto. Para ser eleito, o candidato deve receber 41 votos no primeiro ou no segundo turno.