Golpistas estão usando o PIX para aplicar uma série de golpes em vítimas, atraídas por mensagens de texto com a falsa promessa de um suposto desconto nas faturas de cartão de crédito e celular.
De acordo com as informações publicadas pelo portal “G1”, um dos golpes foi relatado na última semana pela Kaspersky, uma empresa especializada em segurança digital.
Segundo a companhia, os criminosos enviaram uma mensagem de texto afirmando que operadoras de cartão de crédito se juntaram e lançaram uma campanha a fim de que fosse possível conceder um desconto na fatura, mas desde que essa quitação fosse feita pelo novo método de pagamento, ou seja, o PIX.
Na mensagem, os golpistas explicaram que, para receber o suposto desconto, as pessoas precisavam acessar um site específico e, por lá, informarem dados pessoais como a bandeira do cartão, o CPF, os quatro últimos dígitos do cartão e o valor total da fatura.
Logo após todo o trâmite, a vítima recebia uma chave de PIX para que o valor, já atualizado, fosse enviado. Todavia, como era de se esperar, o destino da quantia enviada pelas pessoas que caíram no golpe não foi a instituição financeira.
Popularidade do PIX faz número de golpes aumentar
Ao portal “G1”, Fabio Assolini, analista sênior da Kaspersky no Brasil, relata que os golpes onde os criminosos usam as mensagens de texto não são algo novo. Todavia, os bandidos estão utilizando a popularidade e a rapidez dos pagamentos via PIX para promover mensagens enganosas.
“Nós percebemos que o interesse dos criminosos em disseminar ataques usando o PIX está aumentando bastante”, diz Assolini, que afirma que “isso ocorre desde o lançamento do sistema, mas agora os golpistas estão se valendo dessa popularidade para aplicar golpes usando engenharia social e phishing”, explica.
De acordo com o especialista, a engenharia social é uma prática em que as vítimas são pessoas abordadas com informações que parecem verdadeiras, como a do desconto na fatura. Por outro lado, o phishing é usado pelos criminosos que criam sites e e-mails falsos para fazer as vítimas fornecerem informações pessoais.
Segundo Assolini, para se proteger, as pessoas precisam estar atentas e sempre consultar os canais oficiais das empresas, como site e telefone, para verificar se uma determinada promoção realmente existe.
Além disso, um outra dica é verificar o link da mensagem, analisando se o endereço é o mesmo usado pela empresa. Em caso de dúvida, a melhor opção é não inserir dados pessoais, nem realizar os pagamentos.
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