Para quem precisa de um emprego o mais rápido possível, ofertas extravagantes, como “trabalhe em casa e receba até 800 reais por dia”, parecem bastante convidativas.
A polícia alertou recentemente sobre o perigo que envolve falsas vagas de emprego, como identificar e não cair em golpes. As tentativas estão sendo feitas com frequência e os golpistas conseguem arrancar dinheiro das vítimas com muita facilidade.
Quando forem oferecidas vagas com poucos detalhes e salários altos, o usuário deve sempre desconfiar.
Como o golpe funciona
Separamos algumas dicas de como entender que a vaga se trata de um golpe.
- Você recebe links que te levam para sites desconhecidos e, automaticamente, um SMS ou ligações te pedem códigos de confirmação: cuidado, os golpistas podem estar coletando dados para futuros golpes.
- Não pague para participar do processo seletivo.
- A comunicação não é feita de uma forma direta e as mensagens contêm muitos erros de ortografia, então desconfie!
- O convite é feito em nome de plataformas de empregos.
Cuidados para não cair em golpes
Além disso, alguns cuidados devem ser tomados em relação aos golpes.
- Nunca faça transferências bancárias.
- Verifique a autenticidade antes de acessar links.
- Não forneça dados pessoais e senhas sem possuir quaisquer confirmação que a vaga é verídica.
- Nunca clique em links desconhecidos.
- Sempre busque o contato da empresa ou loja, para se certificar que a informação procede.
- Atente-se aos números de telefones e endereços de e-mail utilizados.
Na hora de receber uma oportunidade, sempre surgem dúvidas e, por muitas vezes, o medo de deixar a vaga dos sonhos passar faz com que usuários se submetam aos golpes, mas a atenção e o cuidado redobrado podem livrá-los de futuros perrengues.
Onde o golpe está presente
Alguns dados foram coletados para demonstrar exemplos de golpes comuns.
Uma pesquisa feita em 2019, pelo Psafe (laboratório de segurança especializado em identificar ameaças digitais), mostra que 8,5 milhões de brasileiros já sofreram o golpe da clonagem de WhatsApp. Confira os dados recolhidos dos entrevistados:
- 26,7% apontaram o vazamento de conversas privadas
- 26,6% citaram o envio de links com golpes para outros contatos
- 18,2% informaram que foram enviadas solicitações de dinheiro aos amigos
- 18,0% citaram a perda da conta do WhatsApp
- 10,5% afirmaram ter sofrido chantagem
Outro golpe muito comum na internet se trata de roubo de identidade. A pesquisa, também feita pelo Psafe, revelou que 1 em cada 5 brasileiros já foi vítima desse golpe, o que representa 24,2 milhões de potenciais vítimas em todo o país.
Segundo a mesma pesquisa, os entrevistados já tiveram alguma das informações pessoais abaixo usadas por alguém sem a sua permissão:
- 51,3% apontaram o número de telefone como sendo o dado mais utilizado
- 44,3% tiveram suas credenciais de redes sociais usadas de forma fraudulenta
- 37,1% informaram que suas credenciais de e-mail foram usadas por outras pessoas sem sua permissão
- 26,8% tiveram seu CPF usado por terceiros
- 19,3% informaram que o número de cartão de crédito foi utilizado de forma fraudulenta
Confira: Golpe de vagas de emprego para o Sebrae