Um Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com questões já aplicadas? Sim, isso pode acontecer em 2022. Quem afirma são coordenadores e diretores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que enviaram um ofício ao presidente do órgão, Danilo Dupas, recomendando que perguntas já utilizadas sejam aplicadas no exame marcado para este e para o próximo ano.
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De acordo com o documento, revelado pelo jornal “Folha de S.Paulo”, o motivo para a recomendação seria a falta de testes prontos para a utilização na prova. Por conta disso, a orientação é que questões que foram usadas nas edições de 2022 e 2023 voltem a figurar no exame.
“Considerando a possibilidade de reutilizar 4.680 itens, que foram aplicados para milhões de candidatos nas edições realizadas no Enem, não haverá a necessidade de executar novos pré-testes para viabilizar as edições 2022 e 2023”, diz parte do ofício.
“Assim, os esforços de novos pré-testes para viabilizar duas edições com uma matriz já vencida, poderão ser canalizados para o desenvolvimento e a viabilidade do novo Enem, que apresenta alto grau de complexidade, considerando a nova BNCC”, complementa o documento enviado ao presidente do órgão – o novo Enem começará a ser aplicado em 2024, quando o candidato fará uma prova específica, de acordo com o curso que deseja seguir.
Conforme aponta a “Folha”, o documento foi assinado por membros do Inep como Robério Alves Teixeira, coordenador-geral de Instrumentos e Medidas e Michele Cristina Silva Melo, diretora de Avaliação da Educação Básica, alguns dos que assumiram o órgão em novembro do ano passado, depois que foi registrada uma crise histórica no Inep, com 37 servidores renunciando seus cargos.
Juntos, esses novos executivos afirmaram que o Banco Nacional de Itens (BNI) está “obsoleto” e o estoque de questões usadas em provas está abaixo do ideal, fazendo com que seja necessário a reutilização de perguntas já aplicadas em exames anteriores.
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