Os próximos meses devem ser recheado de cortes na taxa básica de juros, que desde o ano passado está em 13,75%. De acordo com a Rio Bravo, gestora que tem como sócio o ex-presidente do Banco Central (BC) Gustavo Franco, o mês de julho deve ter sido o último em que a taxa de juros permanece a citada. De acordo com uma carta semanal revelada pelo portal “Money times”, que foi assinada por Luca Mercadante, economista da gestora, e Evandro Buccini, sócio e diretor de gestão de crédito e multimercado da Rio Bravo, na última reunião do Banco Central, os envolvidos reconheceram que o corte na taxa de juros está próximo.
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“A melhora da inflação corrente juntou-se com a reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional) no final do mês e melhorou a dinâmica das expectativas de inflação, devendo garantir o espaço para um corte já na próxima reunião”, destacam na carta. Nesse sentido, a gestora espera uma taxa de juros (Selic) em 12% ao final de 2023 e 9,5% ao final de 2024.
“Vale notar que o BC deve optar por iniciar gradualmente o ciclo de cortes, especialmente atento à persistência da inflação de serviços, que desacelera lentamente e se mantém incompatível com a meta de inflação”, afirma no documento. Ainda segundo a gestora, os últimos meses da economia brasileira foram positivos e marcados por importantes discussões no Legislativo e, também, pela contínua melhora do cenário macro brasileiro, a começar pela inflação medida pelo IPCA, que registrou pequena deflação no mês de junho e seguiu marcando variação anual abaixo de 4%, dentro, inclusive, da meta do BC.
“Assim, no nosso cenário, contamos com um IPCA ao fim de 2023 ligeiramente acima da banda superior da meta, em 5,1%”, afirmam os especialistas no documento, completando ainda que a inflação mais próxima da meta ao final do ano acontece por conta da “melhora da inflação corrente, mas também da melhora da dinâmica das expectativas, que foram ajudadas pela melhora do risco fiscal e pela reunião do Conselho Monetário Nacional”, colocam.
Corte na taxa de juros
Nesta semana, uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest mostrou que praticamente todo o mercado acredita que a taxa de juros será reduzida ainda neste ano. Conforme o levantamento, os entrevistados, 92% dos entrevistados acreditam que o Comitê da Política Monetária (Copom) deve cortar os juros já em agosto. Outros 7% esperam uma diminuição da taxa básica em setembro e, apenas 1%, novembro.
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