A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta sexta-feira (03) a criação de um grupo que terá como objetivo promover o controle de armas no Brasil. A medida foi uma das promessas feitas por Lula durante a campanha. O petista quer reduzir o acesso às armas, uma medida oposta à adotada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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De acordo com uma nota divulgada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, pasta chefiada por Flávio Dino, o grupo criado pelo governo terá como foco a análise do decreto 11.366. O texto em questão foi promulgado com o intuito de suspender os registros da aquisição e transferência de armas e munições de uso restrito por caçadores, colecionadores, atiradores e particulares.
Em entrevista coletiva nesta sexta, Tadeu Alencar, que é secretário nacional de Segurança Pública, afirmou que a primeira reunião do grupo será marcada em breve. Ainda segundo ele, durante esse encontro inicial, técnicos da pasta irão apresentar um plano de trabalho para o grupo. “Começaremos a trabalhar imediatamente após a primeira reunião”, declarou Tadeu Alencar.
Ainda durante a entrevista, o secretário nacional de Segurança Pública afirmou que o grupo será de muito diálogo. Nesse sentido, ele ressaltou que a ideia será ouvir todas as vertentes que tiverem uma contribuição “responsável”. “Essa é a primeira e uma das principais tarefas do grupo”, completou Tadeu Alencar.
Por fim, o secretário nacional de Segurança Pública destacou que o decreto 11.366 também impede que novos clubes de tiro e de caça sejam autorizados e registrados e limita as armas de uso restrito. “E estabelece esse grupo de trabalho com prazo de 60 dias, renovável por mais 60 dias, para disciplinar de maneira permanente a sistemática”, completou ele ao comentar sobre a iniciativa.
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