No começo da semana, assim como publicou o Brasil123, a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) havia anunciado bloqueios em verbas que seriam destinadas às universidades federais. Nesta quinta-feira (01), o governo voltou atrás e o montante foi liberado.
Parte radical da ala de Bolsonaro o aconselha a atrapalhar transição de Lula
De acordo com o jornal “O Estado de São Paulo”, os recursos ficaram disponíveis na tarde desta quinta, liberando assim os R$ 344 milhões das universidades – a medida havia travado, ao todo, cerca de R$ 1,4 bilhão na área da Educação. Apesar da boa notícia, o jornal relatou que reitores dessas instituições ainda estão com medo de que esse montante possa ser bloqueado e, por isso, correrão para usá-lo.
Em nota, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) afirmou que “seguirá atenta aos riscos de novos cortes e bloqueios e manterá o diálogo com todos os atores necessários”.
De acordo com a entidade, o intuito será conversar com integrantes do Congresso Nacional, governo, sociedade civil e com a equipe de transição do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “para a construção de orçamento e políticas necessárias para a manutenção e o justo financiamento do ensino superior público”.
No começo da semana, com o bloqueio, a Andifes relatou que o corte inviabilizaria “as finanças de todas as instituições”. Nesta quinta, a entidade relatou que ainda espera o desbloqueio de R$ 438 milhões do orçamento das universidades feito em junho pela gestão Bolsonaro. De acordo com a Andifes, esses recursos são “fundamentais para fechar o ano”.
Nos últimos meses, muitas universidades têm atrasado, por exemplo, contas de luz. De acordo com essas instituições, os cortes feitos pela gestão Bolsonaro estão fazendo com que elas não consigam manter as bolsas e nem mesmo pagamentos de salários de seus funcionários.
No começo da semana, o Ministério da Economia havia justificado que o bloqueio foi uma indicação feita em um relatório de receitas e despesas do quinto bimestre. No documento, mostrou-se, segundo a pasta, a “necessidade de bloqueio de R$ 5,67 bilhões para cumprimento do teto de gastos, em virtude do aumento da projeção de despesas obrigatórias”.
Leia também: Lula quer reproduzir com Alckmin relação entre os americanos Obama e Biden