As investigações sobre o desaparecimento dos três meninos em Belford Roxo apontam que o gerente do tráfico de Castelar, na mesma região, é o principal suspeito sobre o sumiço dos garotos, que não são vistos desde dezembro de 2020.
De acordo com a Polícia Civil, a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense investiga o caso e aponta que o suspeito em questão é Wiler Castro da Silva, de 25 anos, conhecido como “Estala”.
Ainda conforme a corporação, Estala está foragido. Ele foi indiciado pelo caso de tortura de um homem, que foi acusado injustamente pelo desaparecimento dos meninos – as investigações mostraram que o acusado queria que o rapaz fosse morto.
Todavia, a vítima não foi morta por ordem de José Carlos dos Prazeres, o “Piranha”, que determinou a tortura e as agressões no lugar da execução.
Depois da ordem, “Piranha”, que está acima de Estala na hierarquia da facção criminosa, ordenou que o homem fosse levado à 54ª DP (Belford Roxo) amarrado e com uma placa no pescoço.
No objeto, os criminosos escreveram: “Suspeito do desaparecimento das três crianças pego por moradores do Castelar”. Devido à acusação injusta, o rapaz teve que sair do local junto de sua família.
Meninos mortos pelo tráfico
Na quinta (19), pela primeira vez desde que o caso veio à tona, a Polícia Civil admitiu que Lucas Matheus, de 9 anos, e Alexandre Silva, de 11, e Fernando Henrique, de 12 anos, que saíram para jogar futebol e nunca mais voltaram, podem mesmo ter sido mortos pelo tráfico de drogas.
A afirmação foi do delegado Uriel Alcântara, que em entrevista ao deputado estadual Alexandre Knoploch (PSL), afirmou que essa é a principal linha de investigação da Polícia Civil sobre a morte dos garotos, que teriam sido executados após terem furtado uma gaiola de passarinho.
“A gente trabalha com essa questão e, em razão disso, o tráfico teria determinado, teria pegado essas crianças, não sabe o que teria acontecido, como teria ocorrido, mas sabe que, em razão disso [furto da gaiola], essas crianças foram pegas e foram mortas dentro da comunidade. Então, a gente sabe que essas crianças tiveram os corpos levados para um rio”, afirmou.
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