Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente da República, visitou, neste domingo (14), a feira anual de orgânicos no Parque da Água Branca, na Zona Oeste de São Paulo, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Após a participação no evento, o político defendeu uma reforma agrária.
Segundo ele, todos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendem a ideia. “No governo do presidente Lula, todos nós defendemos à reforma agrária, ela é importante, aliás São Paulo dá a face há mais de 30 anos através da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp)”, disse ele.
Na sequência, ele falou sobre a Feira Nacional da Reforma Agrária, que é montada uma vez por ano, desde 2016, no parque localizado na capital. Durante sua passagem pelo local, Geraldo Alckmin conversou com os organizadores do evento e ainda conheceu produtos de expositores do MST.
“Eu sempre compareço nas feiras. É importante para mostrar os produtos, mostrar o trabalho que pouca gente conhece no Brasil, um trabalho sério de quem está no campo produzindo alimento, boas cooperativas. É importante mostrar tudo isso, a parte orgânica e ainda gerar renda. As pessoas têm a oportunidade de vim comprar alimentos saudáveis e ainda ajudar a renda de quem está trabalhando”, continuou.
Reforma agrária foi promessa de Lula
No ano passado, durante a campanha eleitoral, Lula prometeu que, caso vencesse o até então presidente Jair Bolsonaro (PL) e se tornasse chefe do Executivo, o que aconteceu, ele iria determinar medidas para reforma agrária. Durante a semana, Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, disse que deve ser anunciado, ainda neste mês, a criação de um “plano emergencial” para a reforma agrária.
“O presidente Lula deve anunciar o lançamento de um plano emergencial de reforma agrária no Brasil”, afirmou Paulo Teixeira. Isso, alguns dias após a Câmara dos Deputados ter criado uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que tem como objetivo investigar invasões de terras deflagradas pelo MST neste ano.
Desde a criação do requerimento da CPI, Paulo Teixeira, inclusive, tem contestado a ideia, dizendo que essa comissão não tem o que investigar. De acordo com ele, não existe, atualmente, terras invadidas pelo MST. “A CPI vai investigar o quê? Vai investigar ocupações que não existem mais, famílias que já não estão naquelas terras?”, questionou recentemente o ministro.
“Eu não vejo razão senão alimentar luta política, ideológica e que não serve a ninguém, não move o país e não resulta em algo positivo para o país. Eu acho que o Congresso Nacional tem matérias mais importantes para se debruçar”, completou ele.
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