Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, elogiou nesta segunda-feira (17) o momento da economia brasileira após os seis meses iniciais do governo do chefe do Executivo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, o vice voltou a criticar a taca de juros atual, classificando os números como “escandalosos”.
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“Eu acho que as coisas estão caminhando bem. Inflação em queda, câmbio competitivo, reforma tributária aprovada na Câmara, marco fiscal encaminhado… Só faltam os escandalosos juros caírem, e aí nós vamos ter uma geração de emprego ainda mais forte”, afirmou. Essa fala bem após Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, ter afirmado que a alta taxa de juros foi a culpada pela não geração de cerca de 25 mil vagas de empregos durante o mês de maio.
A afirmação foi feita durante entrevista ao canal “CNN Brasil” no final de semana. De acordo com o ministro, que avalia que a taxa de juros “está sendo mantida elevada irresponsavelmente”, o percentual atual, de 13,75%, impediu que a geração de empregos em maio chegasse a 180 mil postos de trabalho.
Segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelados na sexta-feira (14), no mês de maio, o Brasil registrou a criação líquida de 155.270 novas vagas de trabalho. “Poderiam ter sido gerados 180 mil empregos se não fosse o juro alto”, afirmou o ministro. “Até maio acumulamos 800 mil novos empregos abertos. Em maio poderíamos ter gerado 180 mil empregos se não fosse o juro alto”, completou.
Nesta segunda, Geraldo Alckmin, que esteve em um seminário internacional Cooperativas pelo Desenvolvimento Sustentável, no Palácio do Itamaraty, também citou uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo em questão estima que o novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) deve ficar em 28,04%, mas o vice-presidente disse ser muito cedo para estimar o impacto.
“Eu acho que é cedo para ter o resultado final desse trabalho, mas eu diria que foi um passo importante. Os princípios da reforma tributária estão colocados”, disse o vice-presidente, completando que “simplificação, redução do custo Brasil, diminuição de judicialização, desoneração completa de investimentos e desoneração completa do comércio”.
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