Geraldo Alckmin (PSB), vice do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi escalado nesta terça-feira (01) para ser o coordenador da equipe que cuidará da transição entre o futuro e atual governo, o do chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL). De acordo com as informações, foi o próprio petista que bateu o martelo sobre a presença de seu vice na coordenação.
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Geraldo Alckmin será o responsável por comandar uma equipe com um total de 50 pessoas. Dentre eles estarão técnicos e políticos que irão dialogar com integrantes do governo de Bolsonaro. Além do ex-governador de São Paulo, também devem participar da equipe os principais líderes do Partido dos Trabalhadores (PT) e dos partidos da coligação que elegeu Lula no último domingo (30).
De acordo com a jornalista Andreia Sadi, da “Globo News”, Aloisio Mercadante, que foi quem coordenou o programa de governo na campanha, e também Gleisi Hoffmann, presidente do PT, que foi a coordenadora-geral, estavam cotados para comandar a transição. Todavia, apesar de integrarem o grupo, eles ficaram abaixo de Geraldo Alckmin na hierarquia da cúpula que irá deflagrar o processo.
Em entrevista à “Globo News”, a presidente do PT relatou que os trabalhos começarão na próxima quinta-feira (03). “Na quinta-feira a gente começa a fazer a composição da equipe de transição”, disse Gleisi Hoffmann em São Paulo. Segundo ela, a ideia é ir para Brasília e “ter uma reunião presencial com quem for a parte do governo que vai fazer essa transição”.
No governo anterior de Lula, que começou em 2002, o responsável por coordenar a transição foi Antonio Palocci, que acabou se tornando ministro da Fazenda. Conforme Andreia Sadi, existem dúvidas se este será o caminho de Geraldo Alckmin, isto é, se passará a ser chefe de alguma pasta.
Isso porque integrantes do PT avaliam que, caso o vice de Lula assuma um ministério de grande porte, como a Fazenda, uma eventual demissão poderia causar uma crise na gestão petista. Em contrapartida, dar uma pasta de menor peso para Geraldo Alckmin poderia passar uma mensagem de desprestígio ao político.
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