Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou nesta terça-feira (06) que o governo federal apoia o agronegócio e, ao mesmo tempo, evita o desmatamento.
A declaração foi feita durante uma entrevista ao canal “CNN Brasil”. Na ocasião, o vice-presidente disse que “o agro é importantíssimo”. “Por isso que o governo apoia. É crédito, é Plano Safra. Agora, como a gente também apoia o agro? Evitando desmatamento”, começou ele.
“Por que o que vai acontecer logo aqui, amanhã? [Os parceiros econômicos] vão dizer ‘olha, se for de área de desmatamento, destruição ambiental, deixar passar a boiada, nós não vamos comprar carne, soja, milho’. Então, o governo está sendo cuidadoso. De um lado, apoiado um setor estratégico, que o Brasil é o campeão em termos de competitividade”, completou o político, que ainda ressaltou não ser “o agro que faz destruição na Amazônia”. “É grileiro de terra, garimpeiro ilegal”, afirmou ele.
Essa declaração foi feita no mesmo dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de um evento na cidade de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia. Na ocasião, o chefe do Executivo, durante a abertura da feira de agronegócio Bahia Farm Show, defendeu o meio ambiente, mas ressaltou não ser contra o agronegócio.
Em seu discurso, o presidente relatou que não é contra o agronegócio e que quando se fala de preservação do meio ambiente e questões climáticas não se trata dos “produtores que trabalham corretamente”. Nesse sentido, Lula relatou que, atualmente, o Brasil conta com 30 milhões de terras degradadas que podem ser utilizadas para dobrar a produção.
“As pessoas sabem que não pode destruir os rios. As pessoas sabem que não podem plantar no pantanal. As pessoas sabem que não pode plantar na Amazônia. Nenhuma pessoa honesta vai poder derrubar uma floresta porque a gente tem 30 milhões de terras degradadas que podem ser utilizadas para dobrar a nossa produção”, disse o chefe do Executivo.
“Agora, quem quiser agir como bandido e desmatar, vai ter que sofrer as penas da lei, porque a gente vai preservar esse país”, completou o chefe do Executivo, que também pediu para que seja colocado um ponto final na “rivalidade” entre pequenos proprietários e o agronegócio. “São duas coisas totalmente necessárias para o país, não há rivalidade. O Brasil precisa dos 2, porque os 2 ajudam”, disse Lula.
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