Geraldo Alckmin (PSB), ex-governador de São Paulo e vice-presidente eleito na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez uma cobrança pública nesta segunda-feira (14) para a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, ele pediu o envio de dados sobre o desmatamento na Amazônia e no Cerrado.
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A declaração de Geraldo Alckmin foi feita durante uma entrevista coletiva em São Paulo organizada para o anúncio de novos nomes que integrarão o grupo de transição do governo para as áreas de Cultura, Direitos Humanos (subgrupo crianças), Educação, Esporte, Juventude, Infraestrutura e Cidades.
Na ocasião, o ex-governador de São Paulo pediu “que os relatórios do Prodes Amazônia e Prodes Cerrado, de agosto de 2021 a julho de 2022, sejam enviados para analisar as informações e tomar as medidas necessárias para os planos imediatos”. De acordo com ele, as informações solicitadas serão usadas por técnicos ambientais que atuam na transição do novo governo, que toma posse já no dia primeiro de janeiro do ano que vem.
O Projeto de Monitoramento do Desmatamento, mais conhecido como Prodes, é do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e responsável por monitorar, através de satélites, o desmatamento por corte raso na Amazônia Legal e no Cerrado.
Tradicionalmente, os dados do Prodes são reveladas a cada 12 meses, sempre no mesmo período do ano. Todavia, até o momento, gestão de Bolsonaro não divulgou os dados deste ano, muito menos os registrados em 2021.
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Durante a entrevista, Geraldo Alckmin ainda foi perguntado sobre a “carona” que Lula pegou com o empresário José Seripieri Junior, fundador da Qualicorp e dono da Qsaúde, para ir ao Egito, onde ele participará da COP27. Na ocasião, o vice-presidente ressaltou que não houve um “empréstimo” da aeronave, visto que o dono do veículo também embarcou com Lula.
“A informação que eu tenho é que [o avião] não é emprestado. O proprietário está indo junto”, começou. “Não tem empréstimo. E estão indo mais pessoas: ex-governador, lideranças políticas e ambientais”, completou Geraldo Alckmin.
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