Se o brasileiro achava que estava vendo muitas notícias sobre energia elétrica, é melhor se preparar, porque isso vai aumentar nas próximas semanas. O que vem motivando dados cada vez mais alarmante sobre a geração de energia do país é o baixo nível dos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste. E a situação também ficou mais grave no Sul devido às chuvas abaixo do esperado.
Em resumo, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou nesta quinta-feira (26) que o país enfrentará tempos difíceis nos últimos meses do ano. De acordo com uma atualização da nota técnica de monitoramento das condições do setor elétrico até novembro, o ONS alerta que o país não será capaz de gerar energia elétrica suficiente para atender à demanda da população a partir de outubro.
Ainda segundo o órgão, a oferta de energia precisará crescer em cerca de 5,5 gigawatts (GW) a partir de setembro. Isso é “imprescindível” para manter o abastecimento no país, alerta o ONS. Por isso, o órgão citou uma série de soluções que podem ajudar a elevar a oferta, como:
- Aumentar importação de energia da Argentina e do Uruguai;
- Adiar manutenções em termelétricas, que obrigam a paralisação das atividades das usinas;
- Buscar termelétricas do país que não possuam contrato com o governo federal para fornecer energia;
- Resolver questões judiciais que impedem o funcionamento de termelétricas no país.
Decreto do governo federal visa redução do consumo de energia
Na última quarta-feira (25), o governo federal publicou um decreto para a redução do consumo de energia por parte dos órgãos públicos federais. Todos os estabelecimentos, próprios e alugados, precisarão reduzir o consumo de energia de 10% a 20% entre setembro de 2021 e abril de 2022.
A saber, o Brasil não sofria com uma crise hídrica tão severa há 91 anos. A situação dos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, responsáveis pela geração de 70% da energia do país, está crítica. Isso porque a capacidade de armazenamento está em 23%, e deve cair para 10% em novembro, menor patamar dos últimos 20 anos, segundo estimativas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Portanto, o brasileiro, que está pagando mais caro pela conta de energia desde julho, poderá ficar sem luz. O racionamento já começou a ser adotado por alguns segmentos, e o risco de apagão não está descartado.
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