A segunda fase do modernismo, a Geração de 30, aconteceu entre os anos de 1930 e 1945, e foi um período bastante influenciado por conflitos sociais e políticos, além da Revolução Constitucionalista e a Segunda Guerra Mundial.
Esse período ficou muito marcado por vários escritores que refletiam em suas obras, sobre os acontecimentos contemporâneos do momento, como o realismo e as questões sociopolíticas do conflito espiritual dos mesmos.
Na poesia, por exemplo, Cecília Meireles e Carlos Drummond de Andrade predominavam a liberdade formal, na escrita, na prosa, e o movimento foi marcado por um grande engajamento político e temáticas de cunho regionalista.
Contexto histórico
Com a quebra da bolsa de Nova York em 1929, o preço do café caiu, o que levou o presidente da época Washington Luís (1869-1957) a ser deposto e Getúlio Vargas (1882-1954) a assumir. Era o fim da política do café com leite, onde quem comandava eram os barões de São Paulo e pecuaristas de Minas Gerais.
Com toda essa situação, a Revolução Constitucionalista foi derrotada e uma nova Constituição foi promulgada, mantendo Vargas no poder. Com toda a esquerda contra o presidente Vargas criou a Lei de Segurança Nacional, e começou a perseguir todos os comunistas e artistas da época, que eram contra a nova Constituição e então instituiu o Novo Estado, sendo um regime totalmente autoritário e fascista.
Características da Geração de 30
A segunda fase durou de 1930 até 1945 e teve como principais características:
- Conflito espiritual;
- Liberdade no uso da linguagem;
- Foco no contemporâneo;
- Reflexão sobre o existir;
- Liberdade formal;
- Textos sociopolíticos;
- Presença do atual na prosa;
- Perspectiva realista.
O que foi a Geração de 30?
O que se pode resumir sobre o movimento, e todo o contexto sociopolítico do momento, foi que algum dos escritores da época foram perseguidos pela ditadura de Getúlio Vargas, já que suas obras tinham muita reflexão sobre o combate do regime, e continham um olhar crítico e realista sobre o país naquela época.
O regionalismo foi retomado, assim como o romântico, e a partir daí, uma perspectiva mais realista, passou a ser idealizada. Os autores deixaram de lado a impessoalidade e o engajamento político tomou conta. O que fez da Geração de 30, algo bastante importante para a realidade brasileira, tanto naquela época quanto para os dias atuais.