O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar os apoiadores do chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL). Desta vez, o petista disse que “gente” de Bolsonaro “não tem pudor de ter matado a Marielle”, fazendo alusão à vereadora do Rio de Janeiro, que foi assassinada em 2018.
“Quando a gente não pode se aproximar do governante, quando o governante tem um lado, um lado obscuro, porque a gente não sabe a qualidade de todos os milicianos dele, o que a gente sabe é que gente dele, sabe, não tem pudor de ter matado a Marielle”, afirmou Lula.
A declaração do ex-presidente foi divulgada nesta quinta-feira (02) pelo portal “Metróples”, que revelou que a fala foi feita na quarta (01), enquanto Lula conversava com apoiadores em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Na declaração, Lula não citou o nome de Bolsonaro, resumindo-se a dizer “gente dele”. No entanto, no Twitter, apoiadores e políticos bolsonaristas reagiram e pediram, inclusive, que o ex-presidente fosse preso ou cassado.
Uma dessas pessoas foi a deputada federal Bia Kicks (PSL). “Ex-presidiário AFIRMA: ‘gente do presidente matou a Marielle. Esse tipo de FakeNews que pode afetar as eleições será coibido?”, questionou a parlamentar. “O pré-candidato @LulaOficial será preso ou futuramente será cassado, na remotíssima hipótese de eleito?”, completou a deputada federal.
A possibilidade de cassação de registro de candidatos por divulgação de informações falsas foi levantada pela parlamentar em alusão à declaração de Alexandre de Moraes, ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na terça-feira (02), assim como publicou o Brasil123, o ministro, que assume o TSE em agosto, afirmou que o político que publicar notícia falsa que possa impactar no resultado das eleições terá seu registro político cassado.
Marielle Franco foi morta em 2018 junto com seu motorista Anderson Gomes. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz como os assassinos dos dois, mas, até hoje, os mandantes do crime ainda não foram identificados.
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