Os brasileiros não gastaram muito no exterior em 2021. A saber, os gastos totalizaram US$ 5,25 bilhões no ano passado, queda de 2,7% em relação a 2020 (US$ 5,394 bilhões).
Por falar nisso, o primeiro ano da pandemia da Covid-19 havia registrado um forte tombo de 69,3% dos gastos no exterior. Contudo, o resultado do ano passado foi ainda menor. Aliás, os gastos de 2021 foram os menores em 16 anos.
De acordo com o Banco Central (BC), que divulgou as informações nesta quarta-feira (26), o volume dos gastos de brasileiros no exterior em 2021 foi o menor desde 2005 (US$ 4,720 bilhões).
Vale destacar que nos últimos 12 anos, o valor superou os US$ 14 bilhões em todos eles, com exceção de 2020 e 2021. Os maiores resultados foram registrados em 2014 (US$ 25,566 bilhões) e 2013 (US$ 25,028 bilhões).
Ao considerar apenas dezembro, os gastos dos brasileiros no exterior somaram US$ 784 milhões. Em suma, esse foi o sétimo mês seguido com despesas superiores a US$ 400 milhões e o maior valor mensal registrado em 2021.
Pandemia da Covid-19 reduz viagens e gastos no exterior
A pandemia da Covid-19 foi decretada em março de 2020, ou seja, há quase dois anos. Inicialmente, a crise sanitária afetou fortemente os países do planeta, em especial os setores de turismo, transporte aéreo e hospedagem. Isso ocorreu, pois diversos países fecharam suas fronteiras e decretaram lockdown para conter a disseminação do novo coronavírus.
Em 2021, a vacinação contra a Covid-19 avançou expressivamente no mundo. No entanto, o Brasil ainda sofreu muito com a pandemia, principalmente no primeiro semestre. Além disso, a variante Gama, descoberta no Amazonas, fez diversos países passarem meses com as fronteiras fechadas para o Brasil. Entre março e abril, o país sofreu com altos números de casos e mortes provocados pela Covid-19.
Esse cenário fez o faturamento das agências despencar 58% entre 2019 e 2020, segundo a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav). Em resumo, a receita do setor tombou de R$ 33,9 bilhões para R$ 14 bilhões em um único ano.
A expectativa com 2022 é de continuidade de recuperação do setor. Contudo, não há como esquecer a variante Ômicron, que vem provocando a explosão de casos de Covid-19 em todo o planeta. Resta saber se a variante terá forças para afundar mais uma vez a economia global, assim como outras variantes o fizeram.
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