O brasileiro não pode respirar sem tem que pagar por isso, ou quase isso. A novidade agora envolve a conta de energia elétrica. Se você acompanhou as notícias das últimas semanas, sabe que nós, consumidores, pagaremos mais caro para ter energia elétrica. No entanto, os gastos devem ser ainda maiores do que os previstos inicialmente.
Pelo menos é o que indica o governo federal. De acordo com um cálculo baseado em simulações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o uso adicional de termelétricas deve elevar em 45% a conta que será paga por nós, consumidores, que já está mais alta, diga-se de passagem.
Inicialmente, o governo estimou que o aumento do uso de usinas termelétricas custaria R$ 9 bilhões a mais nas contas de luz. Contudo, estes gastos devem chegar a R$ 13,1 bilhões, alta de 45% em relação à última previsão. E isso deve ocorrer devido ao uso adicional das termelétricas neste ano, entre janeiro e novembro.
Esse valor a mais já começou a ser repassado para os consumidores através da elevação da bandeira tarifária das contas de energia. Em resumo, esse repasse aos brasileiros acontece quando a arrecadação com as bandeiras tarifárias não consegue cobrir os gastos no ano com a geração de luz.
País vive a maior crise hídrica dos últimos 91 anos
O que motiva o uso das termelétricas é a maior crise hídrica na região das hidrelétricas dos últimos 91 anos. Isso fez o governo recorrer às termelétricas para continuar distribuindo energia à população. Entretanto, estas usinas possuem um custo muito mais alto. E quem acaba pagando a conta são os consumidores, como sempre.
Vale destacar que as usinas termelétricas estão gerando níveis recordes de energia nas últimas semanas. Por exemplo, na última sexta-feira (9), o Brasil gerou 19,2 mil megawatts médios (MWmed) de energia através das termelétricas, valor recorde para a série histórica.
Por fim, o ministério de Minas e Energia afirmou que o valor gasto entre janeiro e junho deste ano com as termelétricas já totaliza R$ 6,6 bilhões.
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