Após 15 semanas consecutivas de queda, o preço da gasolina voltou a subir em todo o país. Segundo dados da ANP, os brasileiros pagaram, em média, R$ 4,86 por litro. A agência coletou os dados na semana de 9 a 15 de outubro. O aumento já era esperado por economistas, principalmente por conta do andamento da economia internacional.
Além disso, estudos mostram que o preço da gasolina no Brasil deveria estar 11% mais alto. Isso quer dizer que o governo vem financiando a baixa dos combustíveis. Segundo economistas, isso é insustentável e não deve durar muito tempo. Até agora, a Petrobrás não anunciou um novo reajuste de preços às distribuidoras.
Gasolina subiu. E pode continuar assim
O preço da gasolina subiu, na média, nos postos brasileiros na semana de 9 a 15 de outubro. Os dados fazem parte do levantamento semanal da ANP. O aumento semanal foi de 1,46%, um reajuste relevante, segundo especialistas. Contudo, o percentual é baixo perto da queda que o combustível apresentou nas últimas 15 semanas.
Segundo a entidade, a gasolina passou de R$ 4,79 para R$4,86. Nos postos do país, o preço mais caro encontrado foi de R$ 7,35. A medida era esperada, principalmente por conta de um corte na produção de petróleo no mundo todo, o que aumentou o preço do barril. Além disso, o dólar segue em patamares altos, o que contribui para o aumento da gasolina. Vale lembrar que o Brasil ainda tem, em vigor, a isenção de impostos federais no combustível, além de o ICMS ainda estar em patamares menores, seguindo o corte aprovado no Congresso brasileiro.
Apesar da alta, especialistas dizem que a tendência é de estabilidade, o que sugere que leves aumentos ainda podem ser sentidos. Contudo, outras entidades afirmam que o preço da gasolina está bem diferente do preço que deveria ser. Estudos mostram que a gasolina deveria sofrer um aumento de 11% para estar com equivalência ao mercado internacional.
E o diesel e o etanol?
Além da gasolina, os dados da ANP também monitoram os outros combustíveis importantes para o país. Com isso, também há novidades no diesel e no etanol, que chamam a atenção também pela estabilidade nos preços e um novo aumento depois de muito tempo. Especialistas dizem que essa alta, isolada, não deve afetar a economia brasileira.
Isso porque o diesel se manteve estável. O preço da semana passada era de R$6,52. Agora, a ANP mostra que o valor médio do litro está em R$6,51. Por outro lado, o etanol subiu pela segunda vez, depois de 5 meses consecutivos de queda. Agora, o litro do combustível está em R$ 3,46, um avanço de 1,76% em relação ao preço anterior, de R$3,40. Por isso, o combustível segue a mesma tendência que a gasolina.
Para as próximas semanas, especialistas acreditam na estabilidade de preços. Até dezembro, o litro deve se manter nessa faixa. Contudo, após janeiro, com a volta da incidência dos impostos e com a incerteza em relação ao dólar, especialistas acreditam que pode haver alta dos preços da gasolina.