A semana foi bastante movimentada na questão dos combustíveis no Brasil. Isso porque os preços da gasolina e do diesel ainda preocupam os economistas, mas o mercado internacional também não perdoou. Nessa semana, o preço do petróleo andou de lado, mas o dólar fechou em R$5,30 com os riscos de problemas fiscais com a “PEC Kamikaze“. Por conta disso, a Petrobrás poderá precisar reajustar os preços dos combustíveis por aqui.
Isso porque boa parte do preço da gasolina está ligado ao petróleo e ao dólar. Dessa forma, nem mesmo a diminuição do ICMS desses produtos pode ser capaz de segurar os preços. O resultado é mais inflação para o brasileiro, principalmente para quem ganha menos.
Petróleo ficou de lado
A guerra na Ucrânia parece ter ficado de lado para o mercado financeiro. Agora, as notícias sobre o conflito não afetam tanto assim o preço do petróleo no mercado internacional. Contudo, isso não quer dizer que a gasolina ficará barata. Isso porque a cotação internacional ainda está bastante alta, o que sugere novos reajustes dos combustíveis no futuro.
O que acontece agora é um desequilíbrio entre oferta e demanda. Enquanto muitas pessoas precisam do petróleo para suas atividades, poucas empresas e países são capazes de produzir essa quantidade. Contudo, economistas acreditam que os grandes responsáveis são os países árabes, que ainda se recusam a aumentar a produção de barris por dia, principalmente os países que fazem parte da OPEP. Com isso, especialistas acreditam que o barril deve ficar um bom tempo acima dos US$100 dólares. Nessa sexta-feira, 1, o barril fechou cotado a US$110,40, um dos maiores patamares desde o início do ano.
Além disso, o dólar está mais caro. Com o medo do mercado sobre as contas públicas do Brasil, o dólar bateu o patamar de R$5,33 nessa sexta-feira. Esse é o maior valor para o câmbio desde janeiro desse ano, quando a moeda estava em tendência de baixa.
Gasolina terá reajuste?
Ainda não existe um posicionamento da Petrobrás sobre o assunto. Além disso, vale lembrar que a empresa também sofre com pressões políticas. Apesar disso, a paridade internacional de preços está prevista na lei e no estatuto da empresa. Com isso, é bastante provável que a gasolina sofra um reajuste para cima nos próximos dias, caso o petróleo e o dólar se mantenham nos atuais patamares.
Isso porque com os atuais preços, o custo das empresas para importar petróleo ou até mesmo a gasolina pronta aumenta. Com isso, o custo será repassado ao consumidor, que já vê uma gasolina mais cara. Apesar disso, a gasolina terminou a semana em queda. Segundo o levantamento semanal da ANP, a gasolina foi de R$7,39 para R$7,127, enquanto o diesel passou de R$7,568 para R$7,554. De acordo com especialistas, a queda se deve à redução do ICMS, mas a diminuição passou longe das previsões dos Estados e da própria União.
Por isso, a dica é abastecer os carros a gasolina ainda nessa semana. Economistas acreditam que deve haver reajuste até o final do mês de julho. E ele pode ser alto.