Nesta terça-feira (24), a Petrobras anunciou que o preço médio de venda da gasolina subirá de R$3,08 para R$3,31 a partir de amanhã, quarta-feira (24). Sendo assim, o aumento representa um salto de 7,47% no atual valor do combustível. Para efeito de análise, a última vez que o preço da gasolina havia sido reajustado foi no dia 6 de dezembro, quando a gasolina sofreu uma redução de 6,1%.
Até então, a defasagem da gasolina em relação ao preço internacional estava em 14%, segundo dados fornecidos pela Abicom, associação que reúne as importadoras de combustível. A expectativa é que, a partir de agora, a defasagem fique menor, ao custo de afetar mais o bolso dos consumidores.
“Esse aumento acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”, explicou a Petrobras, em nota divulgada.
Nesse sentido, é importante lembrar que a petroleira utiliza como referência para o reajuste de combustíveis o PPI (Preço de Paridade de Importação). No entanto, conforme foi informado anteriormente, a companhia vinha segurando os repasses dos combustíveis, principalmente no fim do ano passado, época de eleições, dado que o repasse do aumento do preço do petróleo para o mercado interno seria visto como medida impopular para os eleitores do ex-presidente, Jair Bolsonaro.
Preço da gasolina caiu na última semana, segundo ANP
Nesta última segunda-feira (23), a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou o relatório semanal relacionado ao preço dos combustíveis nos postos disponíveis no país. Nesse sentido, a agência apontou que o preço médio gasolina caiu de R$5,04 para 4,98 na semana que corresponde de 15 a 21 de janeiro, o que representa a queda de 1,19%. O valor mais alto encontrado pela ANP foi de R$6,99 no litro da gasolina.
A agência ainda apontou que o preço médio do litro etanol hidratado também sofreu redução neste período, saindo do patamar de R$3,94 para R$3,84, o que representa uma queda de 2,28%. Segundo a agência, o preço mais alto encontrado para o etanol foi de R$6,57. O diesel também sofreu redução nesta mesma semana, saindo do valor de R$6,36 para R$6,32 o litro, o que representa um recuo de 0,62% e o valor mais alto encontrado para o combustível foi de R$7,99.
A manutenção dos valores, com uma pequena queda, é fortemente influenciada pela decisão do governo federal em ter mantido a desoneração dos impostos federais que incidem sobre os combustíveis. Com isso, ficaram reduzidas a zero, até 31 de dezembro, as alíquotas dos impostos federais PIS/PASEP e Cofins, que incidem sobre o diesel, biodiesel, gás natural e gás de cozinha.
Além disso, também ficaram reduzidas a zero, até 28 de fevereiro, as alíquotas do PIS/PASEP e Cofins que incidem sobre a gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural veicular. Em relação a gasolina, o CIDE, que também é um imposto federal, ficará zerado até 28 de fevereiro.