O preço da gasolina voltou a cair nesta semana, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Os dados se referem a levantamentos feitos entre os dias 16 e 22 de julho pela entidade, que mapeia os preços dos combustíveis de forma recorrente. Contudo, apesar da segunda semana consecutiva de queda, os preços ainda estão acima do início do ano.
Para especialistas, alguns fatores contribuiram para a retomada de alta do preço da gasolina e de outros combustíveis. Dessa forma, com o mesmo levantamento, a ANP registrou queda no preço do etanol e estabilidade no preço do diesel, na média do país.
Gasolina mais barata pela segunda semana consecutiva
Os dados da ANP mostram a segunda queda consecutiva do preço médio da gasolina em todo o país. O combustível mais barato facilita a vida de quem precisa abastecer diariamente, além de permitir uma pausa no aumento de preços de outros serviços que dependem dos combustíveis para existir.
Assim, os dados da ANP mostram que a gasolina teve uma queda de R$ 0,04, uma redução de 0,71% em relação à última semana, de 9 a 15 de julho. Com isso, o preço ficou, em média, de R$ 5,59 para todo o país. Contudo, o levantamento mostra que a gasolina mais cara é encontrada no Acre, com preço médio de R$ 6,37. Por outro lado, o combustível está mais barato no Amapá, a R$ 5,28.
Por outro lado, o etanol apresentou uma forte queda. Desde a semana passada, o preço médio teve uma redução de 2,58%, sendo vendido a R$ 3,77, em média, em todo o país. Apesar disso, o valor no Amapá ficou no mais caro do país, cotado a R$ 5,26. Por outro lado, o Mato Grosso reportou o eteanol mais barato, a R$ 3,43.
O diesel, por sua vez, manteve o mesmo preço médio da última semana, ficando a R$ 4,94. O Acre reportu o maior preço (R$ 6,45), enquanto o Maranhão reportou o menor preço (R$ 4,73).
Mesmo com queda, preço é maior que janeiro
A gasolina ficou mais cara em todos os estados do Brasil desde o início do ano. Alvo de críticas de Lula durante a campanha eleitoral, o preço dos combustíveis só aumentou no primeiro semestre do ano, com estados relatando aumento de mais de 25%. A justificativa é a volta dos impostos na formação dos preços, o que encarece muito o produto.
Isso porque, desde que Lula assumiu a presidência, a Petrobras anunciou 4 reajustes para baixo, sendo 3 justamente para segurar a volta da tributação. Desde 29 de junho, a volta dos impostos PIS/Cofins e Cide encareceram muito o produto. Contudo, a volta foi gradual e separa em diversos passos. Agora, com as alíquotas totalmente restabelecidas, o preço tende a se normalizar.
O fenômeno da alta dos preços da gasolina também resultou na inversão de valores. Isso porque, agora, o diesel está mais barato que gasolina. Vale lembrar que, além da alta dos preços, o diesel vem ficando mais barato ao longo do ano, o que é uma excelente notícia para todos os brasileiros.