Após seis semanas consecutivas de alta, o preço médio da gasolina cedeu nos postos do Brasil. Apesar da queda dessa semana, o valor do litro continua acima de R$5,00 em todo o país. Com isso, o orçamento do brasileiro fica mais apertado, não apenas para quem precisa abastecer, mas também por causa do aumento dos preços nas prateleiras dos supermercados.
Os dados da ANP mostram que o preço médio do litro da gasolina caiu pouco. Da semana anterior para essa o litro passou de R$5,05 para R$5,04. Em percentual, a redução foi de 0,2%. O valor máximo encontrado nos postos do país foi de R$6,99.
Gasolina tem leve queda
O preço da gasolina caiu pouco de uma semana para outra, mas representa um pequeno alívio para o bolso do cidadão. A redução de 0,2% se deve exclusivamente pela remarcação de preços das distribuidoras, já que a Petrobrás não anunciou nenhum reajuste no preço do combustível nos últimos dias.
Da primeira semana do ano até agora, a gasolina passou de R$6,60, na média, para os R$5,04. Dessa forma, a queda chega a 23,64%. Segundo especialistas, o cenário internacional está melhor, o que contribui para a diminuição do preço do petróleo, além de um câmbio mais baixo. No mesmo período, o dólar caiu 2,9%, ao passo que o petróleo se manteve no mesmo patamar, cerca de US$82 o barril.
Com isso, a queda se deve principalmente ao corte do ICMS, o principal imposto de arrecadação dos estados e um dos maiores tributos que incidem sobre o combustível. Apesar disso, a partir de janeiro a gasolina voltará a ter a incidência dos tributos federais (PIS e Cofins), ao passo que o ICMS seguirá em patamares baixos.
Segundo fontes da equipe de transição, a ideia do governo eleito é manter os atuais patamares do ICMS. Ainda não há informações sobre os impostos federais sobre a gasolina.
Etanol e diesel em destaque
Além da gasolina, o etanol e o diesel também entraram em destaque. Isso porque desde junho o preço do diesel vem chamando a atenção. No final do ano passado, o diesel era mais barato que etanol e gasolina. Atualmente, ele é o mais caro de todos. Segundo especialistas, o aumento desse preço é repassado diretamente aos consumidores. Quando ele fica em alta, fica complicado combater a inflação.
Por isso, o aumento de preços ainda é reflexo do diesel nas alturas. Ele é fundamental para os serviços de frete de longa distância. Na última semana, o diesel ficou em R$6,57, o mesmo preço da semana anterior. Segundo a ANP, o valor mais alto encontrado no país foi de R$7,89.
Contudo, o etanol segue em alta. Nesta semana, o combustível atingiu a oitava alta consecutiva, passando de R$ 3,84 para R$ 3,86. Em percentual, a alta é de 0,52%. Neste caso, o valor mais alto encontrado foi de R$6,10 no país.
Além disso, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) calcula que, atualmente, a defasagem do preço da gasolina está em 1%. Com isso, não há precedentes de que haja mais reajustes para cima e, a partir de agora, o preço deve seguir a cotação do mercado internacional.