A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou, hoje, o relatório semanal relacionado ao preço dos combustíveis nos postos por todo o país. Nesse sentido, uma boa notícia para os consumidores é que, após duas semanas consecutivas de alta, o preço da gasolina voltou a cair e, dessa vez, foi uma redução um pouco mais expressiva.
Nesse sentido, na primeira semana de janeiro, o preço médio da gasolina estava R$5,12, no entanto, nesta semana, o preço médio do combustível atingiu o valor de R$5,04. A queda representa uma redução na ordem de 1,56%. O preço mais caro encontrado pela agência foi de R$6,99 o litro. No entanto, como é possível observar, a redução não foi suficiente para manter o preço médio abaixo dos R$5,00.
Os outros combustíveis também sofreram redução neste período. O etanol hidratado, que estava custando R$4,01 na primeira semana de janeiro, caiu par um preço médio abaixo dos R$4,00, chegando ao patamar de R$3,94. A redução representa uma queda na ordem de 1,74%. Em relação ao preço médio do diesel, que foi encontrado ao valor médio de R$6,41 nos primeiros dias de janeiro, agora é encontrado por R$6,36 o litro, um recuo de 0,78% no seu valor.
Gasolina e outros combustíveis tiveram desoneração de impostos mantidas
Após diversas idas e vindas, o governo federal, através do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), resolveu manter a desoneração dos tributos federais sobre os combustíveis. Para isso, o presidente assinou uma MP (Medida Provisória), dado que a desoneração dos combustíveis tinha como data de vencimento o último dia de 2022.
Segundo fontes do governo, a decisão por manter a desoneração dos impostos sobre a gasolina e outros combustíveis foi devido o governo buscar evitar uma pressão inflacionária dos produtos logo no início do mandato. Contudo, ainda assim não foi suficiente para impedir aumento do preço em alguns postos brasileiros na primeira semana de janeiro.
Isso aconteceu pela incerteza sobre a desoneração dos impostos e, devido a isso, alguns postos optaram por antecipar o aumento dos preços. A medida prorrogou a isenção até o fim de ano para o diesel, biodiesel e gás natural. Contudo, para a gasolina e o álcool a prorrogação da desoneração foi estendida por apenas mais 60 dias, até o dia 28 de fevereiro de 2023. O mesmo é válido para o querosene de aviação e gás natural veicular.
Sendo assim, a expectativa é que haja um aumento nos preços da gasolina, álcool, gás natural veicular e querosene de avião a partir de março. Isso só não deve acontecer caso o governo consiga fechar algum acordo que consiga garantir a desoneração de impostos sem afetar o orçamento deste ano. Para isso, é necessário encontrar uma fonte de custeio para compensar a perda de arrecadação com a desoneração de impostos sobre os combustíveis. O aumento do preço dos combustíveis irão também impactar a inflação brasileira.