Na última sexta-feira, 8, a Petrobras anunciou que o gás de cozinha, assim como o combustível, passaria por um novo reajuste no preço. Os ajustes já começaram a ser aplicados desde o último sábado, 9.
Segundo a estatal, um novo reajuste foi feito com o propósito de evitar o desabastecimento de ambos os produtos. Esta alteração representa um aumento de 7,22% no gás de cozinha. O preço médio aumentará de R$ 3,60 para R$ 3,86% por kg, o equivalente a R$ 50,15 por 13 kg que é a quantidade padrão.
Desta forma, uma pesquisa realizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) entre os dias 3 a 9 de outubro, indica que o preço do botijão de gás de cozinha de 13 kg pode chegar a R$ 135 em algumas áreas do país. Nota-se que o valor médio do produto passou de R$ 98,47 para R$ 98,67.
Desde o mês de março deste ano, o combustível apresentou uma alta de 90%. O valor mencionado de R$ 135, é cobrado no município de Sinop, situado no estado do Mato Grosso. Enquanto isso, o valor mais baixo foi identificado em Saquarema, no Rio de Janeiro, por R$ 74,00. A quantia mais baixa praticada hoje já foi a média do insumo em meados de dezembro de 2020.
De lá para cá, o cidadão brasileiro tem sido bombardeado por altas constantes, o que levou muitas pessoas a buscarem alternativas. Uma delas é o uso do fogão à lenha. Este hábito começou a ser retomado em 2020, época em que o consumo de restos de madeira teve um aumento de 1,8% em comparação a 2019, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Para muitos, os botijões de gás têm sido reservados somente para uso emergencial. Em casos extremos, famílias venderam o fogão devido à necessidade de fazer dinheiro durante esta crise sanitária e econômica. Por isso, a solução encontrada foi a lenha e o carvão vegetal para cozinhar, escolhas que representam o retrocesso na saúde e qualidade de vida.
O ano em que o gás de cozinha foi mais consumido que a lenha foi em 2017, época em que o preço do botijão começou a disparar. Isso porque, foi naquele momento em que a Petrobras deu início à política de preços e começou a reajustes frequentemente o gás liquefeito de produto (GLP) à medida que a cotação do petróleo e do câmbio subiam. A prática já era praticada com a gasolina e o óleo diesel na época.
Diante das circunstâncias atuais e a notável dificuldade das famílias brasileiras em arcarem com essa despesa básica e rotineira, governos têm se mobilizado para promover um vale gás. Trata-se de uma espécie de auxílio emergencial voltado exclusivamente à compra do gás de cozinha.
No geral, têm direito a este benefício as famílias brasileiras de baixa renda que não possuem recursos próprios para arcar com este gasto. Em algumas localidades o vale gás gira em torno de R$ 100, o equivalente ao preço médio do produto.
Agora, o Governo Federal e a Petrobras também têm se mobilizado para ofertar o mesmo tipo de benefício, porém, no âmbito federal. Os trâmites seguem na etapa de elaboração do projeto e definição dos critérios de concessão.