A Petrobras informou nesta sexta-feira (8) que o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), o conhecido gás de cozinha, ficará mais caro a partir de amanhã (9). Com um reajuste de 7,2%, o preço do botijão de 13kg passará a custar R$ 50,15. Isso quer dizer que cada quilo ficará R$ 0,26 mais caro, custando R$ 3,86, em média.
Aliás, este é o 16º aumento consecutivo do preço do gás nas refinarias. As elevações vêm ocorrendo desde junho do ano passado, após um período de recuo dos valores no início da pandemia da Covid-19. Vale ressaltar que o preço do gás de cozinha vendido pela Petrobras acumula uma forte alta de mais de 70% desde o início do governo Bolsonaro.
Em resumo, a estatal vem igualando os preços de GLP tanto para o segmento residencial quando para o industrial/comercial desde novembro de 2019. Dessa forma, a venda do produto, pela Petrobras, ocorre a granel às distribuidoras. “Por sua vez, as distribuidoras são as responsáveis pelo envase em diferentes tipos de botijão e, junto com as revendas, são responsáveis pelos preços ao consumidor final”, explicou a Petrobras.
Por isso, os valores finais disponibilizados variam entre as distribuidoras, uma vez que os ajustes dependem de cada revendedor. Diversos fatores, como impostos, taxas, margem de lucro e custo com a mão de obra, influenciam diretamente na definição do preço do botijão de gás.
Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o gás de cozinha acumula alta de 34,67% nos últimos 12 meses no país.
Veja mais detalhes do aumento do preço do gás
Além disso, há livre concorrência no mercado brasileiro, e cada distribuidora pode definir os seus reajustes. Dessa forma, cabe à população pesquisar os botijões de gás mais econômicos, ainda mais por causa da situação em que o Brasil se encontra, com a pandemia ainda afetando diversas atividades econômicas.
De acordo com a Petrobras, há a prática da paridade de importação, ou seja, o valor que a empresa utiliza como referência é formado pelo preço do produto no mercado internacional. Também estariam somados a isso os custos que os importadores teriam. Por exemplo, fretes de navios, taxas portuárias e demais custos internos de transporte. E isso muda dependendo de cada ponto de fornecimento, sem contar a influência pela taxa de câmbio.
Por fim, os preços do GLP apresentaram forte alta de 21,9% no ano passado. O avanço aconteceu, principalmente, devido à alta do preço do petróleo no mercado internacional. E isso também vem contribuindo para os aumentos em 2021. Lembrando que o preço de revenda é quase duas vezes maior que o aplicado pela Petrobras às refinarias. A saber, a média nacional atualmente está em R$ 98,47, segundo a ANP.
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Onde a gente vai chegar com as coisas todos os dias aumentando assim,ta difícil
Ta difícil viver onde eu moro ta aumentando as coisas todos os dias