O gamer Raulino de Oliveira Maciel, conhecido como Raulzito, foi indicado nesta quinta-feira (19) pelo estupro de duas crianças. De acordo com a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), inquérito foi encaminhado ao Ministério Público (MP), responsável por denunciar o suspeito.
Hoje, Raulzito está preso em Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, onde moram as duas vítimas do gamer, que foi capturado em Santa Catarina, no último dia 27 de julho.
O influenciador foi indiciado por conta das duas suspeitas de estupro contra as vítimas de Niterói. Todavia, a polícia investiga outras sete denúncias contra o gamer: em São Paulo, Paraíba e Santa Catarina.
Conforme apontaram as investigações, para atrair as vítimas, Raulzito entrava em contato com os pais delas e, assim, ganhar a confiança dos responsáveis. Depois disso, ele levava essas pessoas menores de idade para seu estúdio em São Paulo, local onde a maioria dos abusos acontecia.
Além do estúdio, os abusos também eram realizados nas casas das vítimas. Isso porque, de acordo com as investigações, até mesmo os pais ficavam tentados por promessas feitas por Raulzito, que dizia que ajudaria as crianças a entrarem no mundo dos games.
Nas redes sociais, o suspeito se apresentava como coach de gamers e oferecia consultoria para jovens que desejavam entrar para este mundo. Segundo Adriano França, delegado responsável pelo caso, o gamer sempre visava crianças com as mesmas características e idades.
“A idade das vítimas chama a atenção: sempre entre 10 e 12 anos. Além disso, elas possuem características físicas em comum: brancas, cabelo liso e olhos claros”, disse o delegado, que ainda revela que existe a possibilidade de Raulzito ter cometido abusos nos Estados Unidos, onde ele morou por um tempo.
“Há relatos de vítimas em todos os locais onde ele fixou residência. Estabelecemos uma parceria com a polícia americana e estamos investigando”. Por fim, a suspeita é que o gamer pratica esses crimes há pelo menos 15 anos.
A suspeita acontece porque o assistente de suporte técnico Lucas Martinelli Caetano, hoje com 28 anos, revelou ter sido uma das vítimas de Raulzito durante uma entrevista recente ao portal “G1”.
“Hoje tenho 28 anos. O abuso ocorreu quando eu tinha cerca de 12. Ele devia ter uns 20. Costumava vir aqui em casa para jogar videogame. Demorou um ano para ele fazer alguma coisa. Até que ele começou e chegou ao ato em si. Nunca falei nada para ninguém. Hoje consigo falar sobre isso, depois de muita terapia”, disse Lucas.
Leia também: PMs são absolvidos do crime de estupro em viatura no litoral de SP; Justiça diz que a vítima ‘não resistiu ao sexo’