Fernando Haddad (PT), futuro ministro da Fazenda da gestão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou nesta sexta-feira (09) quais serão os “grandes movimentos” da pasta, que será recriada a partir do próximo ano e será equivalente ao que é hoje o Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes.
Lula afirma que pode enfrentar oposição dentro da máquina pública
Segundo Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo, o foco do ministério será estabelecer uma nova regra fiscal em substituição ao teto de gastos, a retomada de acordos internacionais e a reforma tributária. “O importante é a gente ter uma agenda para 2023”, disse Fernando Haddad durante uma entrevista coletiva concedida logo após ele ter sido anunciado por Lula como o titular da pasta.
“Precisamos recuperar os acordos internacionais, que estão parados, sobretudo União Europeia, a questão do arcabouço fiscal e da reforma tributária, como grandes movimentos nossos, faremos todos”, disse o futuro ministro.
Em outro momento, Fernando Haddad afirmou que, na próxima semana, anunciará quem serão os secretários do Ministério da Fazenda em sua gestão. “Preciso combinar com o ministro do Planejamento para a gente ter uma equipe coesa. Eu não fiz convites formais ainda, mas eu já sondei muita gente”, declarou.
Durante a entrevista, Fernando Haddad foi questionado se ele seria uma ministro “gastador”, uma preocupação do mercado financeiro. Em resposta, ele lembrou de sua gestão na prefeitura de São Paulo e do selo de boa gestão nas contas públicas que sua administração ganhou.
“Olhe para o ‘investment grade’ da prefeitura de São Paulo, fui o primeiro prefeito a conseguir o grau de investimento no país. Se você não olhar para a trajetória da pessoa, você vai cair em fake news. Pra que mais fake news? A etapa das fakes news já acabou”, declarou.
Novos ministros de Lula
Também nesta sexta, além de Fernando Haddad, Lula anunciou outros quatro ministros do seu governo. São eles:
Casa Civil: Rui Costa;
Defesa: José Múcio Monteiro;
Justiça e Segurança Pública: Flávio Dino;
Relações Exteriores: Mauro Vieira.
Antes do anúncio de Lula, Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito, fez o balanço da transição de governo. Na ocasião, o ex-governador de São Paulo revelou que os trabalhos terminam na segunda-feira (12), ressaltando ainda que a equipe entregará ao presidente eleito sugestões de revogações de atos governamentais atualmente em vigor.
Leia também: Campanha de Lula vai ao TSE pedir inelegibilidade de Bolsonaro por abuso de poder