A senadora Simone Tebet (MDB), considerada um dos trunfos do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições, tem hoje o seu futuro na gestão do petista incerto. De acordo com a jornalista Julia Dualibi, da “Globo News”, ainda não existe a confirmação de que a parlamentar chefiará, de fato, algum dos ministérios da próxima administração.
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Durante as eleições, Simone Tebet disse que não iria ocupar ministérios. Todavia, após a insistência da chapa de Lula, ela deixou de lado as afirmações. Segundo a jornalista, Lula disse que precisaria dela em caso de eleição. Desde quando começou a transição entre o governo eleito e o atual, do presidente Jair Bolsonaro (PL), Simone Tebet já foi cotada para diversos cargos, mesmo com ela deixando claro que, caso pudesse escolher, optaria pela Educação.
No entanto, Julia Dualibi explica que ela sempre soube que seria difícil ocupar a pasta predileta por conta do “apetite do PT”. Sendo assim, sobra o Ministério do Desenvolvimento Social, pasta que cuida do Bolsa Família, principal marca dos governos Lula.
De acordo com a jornalista, aliados de Lula estão trabalhando para que Simone Tebet ocupe a pasta responsável pelo Bolsa Família, pois sabem o tamanho do desgaste de deixar a senadora de fora do governo, ou dentro de uma pasta sem relevância.
Segundo Julia Dualibi, o Ministério do Meio Ambiente também tem sido citado nas discussões. No entanto, Simone Tebet ficou próxima de Marina Silva (Rede), também cotada para a pasta e, nesse sentido, seria um desgaste aceitar uma vaga que a ex-ministra gostaria de voltar a ocupar.
Julia Dualibi explica que, nas palavras de interlocutores de Simone Tebet, sem acesso a Lula, a senadora se encontra hoje “embretada”. A expressão, bastante usada no Mato Grosso do Sul, significa que alguém está encurralada, cercada.
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