A grande popularidade e euforia dos fundos de cannabis tomaram conta do mercado financeiro no início de 2019. Contudo, até agora os retornos vieram bem abaixo do esperado, mesmo que gestores ainda sigam com a mesma visão sobre os ativos. Ainda, a grande variedade de ativos desses fundos permite uma boa diversificação, mas o mercado ainda sofre para ganhar novas economias.
Por isso, hoje vamos falar sobre esse tipo de investimento, como investir neles e se ainda vale a pena comprar esses fundos. Ainda, vamos traçar as principais dificuldades do mercado para despontar como um dos melhores investimentos do mundo no momento.
O mercado tem dificuldades
Os fundos de cannabis têm grande dificuldades para despontar como os melhores investimentos da atualidade. Na verdade, eles estão bem longe disso. Um breve levantamento mostra que a maioria deles está 50% abaixo de suas máximas históricas, atingidas no meio do ano passado. De lá para cá, os preços estão caindo consideravelmente.
Isso acontece porque os fundos de cannabis investem em empresas de um setor altamente regulamentado. Em países que aceitam a erva como uso recreativo ou farmacêutico, as regras ainda são grandes e impedem grandes lucros. Para os mercados que ainda proíbem a maconha, há uma grande dificuldade em legalizar a planta, o que, na prática, impede a expansão das empresas para outros países. Com isso, as empresas que trabalham com esses produtos têm restrições fortes de mercado, o que impede um crescimento acima de empresas de outros setores, como o automobilístico, por exemplo.
Por conta disso, os fundos de cannabis têm apresentado dificuldades em valorizar as suas cotas. Desde o meio do ano passado, todos operam em queda no Brasil. Atualmente, apenas XP e Vitreo possuem fundos com essas políticas e o produto, que fez sucesso no início, está cada vez mais esquecido nas carteiras dos investidores.
Vale a pena investir em fundos de cannabis?
A rentabilidade dos ativos mostra claramente a dificuldade que as empresas têm financeiramente. Contudo, os gestores desses fundos ainda seguem otimistas com o produto, afirmando que eles são de longo prazo e que as dificuldades regulatórias já estavam no radar.
Por isso, impressiona a fidelidade dos gestores com esses ativos. Por outro lado, diversos analistas afirmam que o mundo precisa de tempo para assimilar essa novidade, o que faz dos fundos de cannabis um investimento para ser pensado no futuro. Atualmente, a grande maioria dos fundos preferem investir em outros mercados, como os ligados às commodities ou, ainda, no setor de tecnologia.
Por isso, na dúvida, o melhor mesmo é ficar de fora desses fundos. Caso o desejo de entrar seja grande, analistas dizem que o ideal é colocar pequenos valores, dado que não há perspectivas de melhoras no setor. Contudo, é preciso entender que o prazo desses produtos deve ser de, no mínimo, 10 anos para uma conclusão dos políticos sobre a aceitação da cannabis nos países do mundo todo.