Desde que aprovado, os R$ 5,7 bilhões destinados ao fundo eleitoral em 2022 tem causado muita polêmica. Aprovado no Congresso Nacional na semana passada, o projeto terá agora que ser sancionado, ou não, pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
De acordo com o vice-presidente, Hamilton Mourão (PTRB), se dependesse dele, o “Fundão”, como é conhecido o benefício aos partidos, não seria sancionado. Nesse sentido, Mourão disse, nesta segunda-feira (19) que, caso for consultado por Bolsonaro, aconselhará o chefe do Executivo a vetar o texto.
“Se ele [Bolsonaro] me perguntar, eu recomendaria vetar. Mas é uma decisão que é do presidente, não é uma decisão fácil nem simples”, afirmou Mourão depois que foi questionado sobre o tema por jornalistas.
Fundo eleitoral
Assim como publicou o Brasil123, o fundo eleitoral foi aprovado pelo Congresso Nacional na semana passada, durante a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022, podendo Bolsonaro sancionar o texto por completo, parcialmente ou até mesmo vetar o documento. Caso o presidente opte pela decisão de manter o fundo, isso representará um valor três vezes do que os R$ 2 bilhões previsto para as eleições de 2018 e de 2022.
Na visão de Mourão, o correto seria um reajuste tendo como base a inflação. “Fundo inchado, aí. Eu falei hoje de manhã, no início da tarde aqui, acho que está além da necessidade. É só pegar o que tinha sido gasto, vamos dizer, na eleição presidencial de 2018. Joga a inflação em cima disso aí. Eu acho que seria um reajuste, vamos dizer assim, razoável”, afirmou o vice.
Bolsonaro comentou sobre o tema
Na tarde de ontem, enquanto saia de um hospital em São Paulo, onde ficou internado por quatro dias, Bolsonaro chamou o reajuste do fundo eleitoral de “casca de banana”. Durante rápida conversa, o chefe do Executivo não disse se irá aprovar ou vetar o texto. “Num projeto enorme, alguém botou lá dentro essa casca de banana, essa jabuticaba”, declarou Bolsonaro.
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