Um funcionário da Caixa Econômica Federal, em Vila Velha (ES), foi preso nesta sexta-feira (22), por suspeita de participar de um esquema de fraudes envolvendo o auxílio emergencial.
De acordo com a Polícia Federal (PF), os desvios totais podem ter alcançado o montante de R$ 1 milhão.
Fraude no auxílio emergencial
A Coordenação Nacional de Segurança e Fraude da Caixa notificou a Polícia Federal após perceber atividade suspeita por parte do funcionário.
A prisão foi efetuada na agência da Caixa, no momento em que o funcionário praticava o crime. A fraude era aplicada com a alteração de dados cadastrais de beneficiários verdadeiros, indicando outras pessoas no lugar para o recebimento do valor.
Segundo a PF, o funcionário recebia instruções de quais beneficiários ele deveria selecionar para a alteração dos dados. Assim, depois das modificações, os fraudadores podiam ter acesso indevido ao auxílio emergencial.
O funcionamento do esquema envolvia o recebimento de uma lista com CPFs, dos quais o funcionário consultava o saldo de contas vinculadas com saldo do auxílio, alterava as senhas, repassava ao grupo as novas senhas, de forma que o valor poderia ser transferido para terceiros.
Como remuneração, o funcionário recebia um percentual do valor desviado.
Ao ser levado para a sede da Polícia Federal, o homem confirmou o crime e confessou realizar a prática desde 2020. No entanto, disse não conhecer o mandante, por ter sido acionado apenas por mensagens eletrônicas.
Agora, o cidadão, preso em flagrante, responderá pelo crime de inserção de dados falsos em sistemas de informações, cuja pena pode chegar a 12 anos de prisão, e ainda por peculato, crime no qual um funcionário público se apropria de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, em seu proveito ou alheio.
Em nota, a Caixa alega que monitora os produtos e serviços para a prevenção de fraudes e golpes.
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