O secretario Especial de Cultura, Mário Frias, publicou em seu Twitter analogias entre o Holocausto da Segunda Guerra Mundial com o combate à pandemia. A publicação foi realizada na noite desta quinta-feira (11) em que o ex-ator Frias reproduziu cenas da obra A Lista de Schindler (1993). O filme retrata os trabalhadores judeus enquanto eram assassinados pelos nazistas em campos de concentração.
Essa foi uma tentativa de dizer que os trabalhadores eram essenciais mas o governo (nazistas), estaria tentando decidir quem deve viver ou ficar dentro de casa. Há pessoas que devem viver nas ruas e trabalhar porque são essenciais, não são os outros que podem definir isso. “Por medo, estamos permitindo aos políticos decidirem quem é essencial e quem não é. Cuidado. Seu trabalho é essencial. Você é essencial”, acrescentou.
“O setor de eventos clama para poder levar o pão para dentro de casa, para poder sustentar a própria família. Até quando um burocrata arrogante irá dizer que ele não é essencial?”, completou Frias, secretário de Bolsonaro.
O setor de eventos clama para poder levar o pão para dentro de casa, para poder sustentar a própria família. Até quando um burocrata arrogante irá dizer que ele não é essencial? pic.twitter.com/RVKqxaDK4m
— MarioFrias (@mfriasoficial) March 12, 2021
A Covid-19 já deixou 273 mil mortos e essa foi uma tentativa de comparar o Holocausto com o “ficar em casa” para que os leitos de UTI não fiquem ainda mais sobrecarregados.
Museu do Holocausto se manifestou sobre o caso de Frias
Após a publicação de Frias, o Museu do Holocausto se manifestou sobre o caso ao publicar: “A Lista de Schindler”, secretário? É desta forma que pretende se opor às medidas de combate à pandemia? Crê que a analogia com esta paródia agressiva não ofende sobreviventes e descendentes? Que não prejudica a construção da memória do Holocausto? Que vergonha, secretário”.
Como forma de resposta, Frias acrescentou: “Sem dúvida é preciso discernimento para se analisar uma postagem. Todos que sofreram desse horror tem meu respeito e solidariedade. O trecho (sic) do filme retrata bem uma situação que estamos vivenciando, guardadas as devidas proporções. Fique com Deus e vá trabalhar”.
O secretário ainda argumentou na manhã desta sexta-feira (12), que isso não é uma ofensa para o povo judeu e que faz parte da liberdade individual de cada cidadão. Atualmente, a população alemã possui vergonha do passado obscuro marcado por milhões de vidas perdidas.
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Este homem é um inútil!!!!😭😭😭😭😭igual a todos deste governo!!!