Na França, haverá o pagamento de um auxílio no valor de 100 euros, o equivalente a R$ 660, como uma maneira de suprir o reajuste no preço dos combustíveis. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro francês, Jean Castex, nesta quinta-feira, 21.
O auxílio de R$ 660 tem o objetivo de tentar compensar os constantes reajustes nos preços dos combustíveis, assim como tem acontecendo no Brasil. O benefício será voltado aos beneficiários que possuem uma remuneração de até 2 mil euros mensais, ou seja R$ 13 mil.
O pagamento do auxílio será efetuado em uma parcela única, podendo ser recebido tanto por cidadãos franceses empregados, quanto os desempregados e aposentados. Na oportunidade, o primeiro-ministro disse que esta é a solução mais viável a ser aplicada no momento.
No entanto, ainda não se sabe como os franceses conseguirão acessar a quantia. De toda forma, o chefe do governo francês afirmou que, aproximadamente, 38 milhões de pessoas serão amparadas pelo programa denominado de “indenização da inflação”. A única informação dada sobre o pagamento é que será automático.
Há um certo tempo o poder Executivo francês se empenhava para encontrar uma maneira de proteger o poder de compra dos cidadãos, diante de uma situação que poderia representar uma bomba-relógio a seis meses do pleito eleitoral que definirá o futuro presidente da República.
Vale mencionar que o primeiro mandato do presidente francês, o liberal Emannuel Macron, foi marcado pela crise dos “coletes amarelos”, que teve início com a alta dos preços dos combustíveis no final do ano de 2018, prosseguindo até atingir uma parte de 2019.
Na última semana, os combustíveis tiveram um aumento de dois centavos para níveis historicamente altos, sendo 1,56 euro para o litro do diesel, 1,62 euro para a gasolina sem chumbo com até 10% de etanol, ou seja, o correspondente a R$ 10 e R$ 11, respectivamente.
Todas essas mudanças ocorreram em um contexto onde a alta nos preços do gás de cozinha e eletricidade também devem prevalecer ao longo do ano de 2022, conforme afirmado pelo Castex, que também afirmou uma queda lenta nos preços previstos.
“Tomamos a decisão de [aprovar] uma indenização-inflação de cem euros que será enviada aos franceses que ganham menos de 2.000 euros líquidos por mês”, anunciou Castex no noticiário de maior audiência da noite do canal TF1.
A decisão sobre o auxílio também foi tomada junto à intenção de reduzir o imposto sobre o combustível, refletindo em 60% do preço final. A proposta é voltada em quem realmente precisa usar o carro no dia-a-dia e sofre constantemente com a alta da inflação que tem sido reajustada há meses em vários países por todo o mundo.
Desta forma, o pagamento único de um auxílio foi visto como a melhor atitude para o momento, tendo em vista que a redução dos impostos seria uma estratégia bastante trabalhosa. Vale ressaltar que fontes oficiais de veículos de imprensa francesas alertaram sobre o risco extra da impopularidade, em outras palavras, no aumento dos valores em meio a uma crise já superada.