A gigante brasileira do petróleo e gás, a Petrobras, revelou que o FPSO Guanabara chegou ao campo de Mero, no bloco de Libra, na área do pré-sal da Bacia de Santos, na costa do Brasil. De acordo com a Petrobras, o FPSO Guanabara será o primeiro sistema a operar em Mero, o terceiro maior campo do pré-sal, depois de Búzios e Tupi. A embarcação será instalada a mais de 150 km (93 milhas) da costa e em cerca de 1.930 m (6.332 pés) de água, o equivalente a quatro vezes a altura do Morro do Pão de Açúcar.
A produção está prevista para começar no primeiro semestre do ano. O FPSO Guanabara, com 332 m (1.089 pés) de comprimento, tem capacidade de processamento de 180.000 b/d de óleo e 12 MMcm/d de gás. O FPSO tem 172 metros de altura, equivalente a 4,6 estátuas do Cristo Redentor no Corcovado carioca, e 332 metros de comprimento, ou três campos de futebol. Além disso, possui uma capacidade de geração de energia de 100 megawatts.
Planos de execução
Com capacidade para produzir até 180 mil barris de petróleo por dia (bpd), o FPSO Guanabara será o primeiro de uma série de quatro plataformas definitivas programadas para o campo de Mero. Nos próximos meses, o FPSO será conectado a poços e equipamentos submarinos, e os testes finais ocorrerão antes da primeira produção, prevista para o primeiro semestre deste ano. Importante destacar que, a primeira produção foi adiada em abril de 2021 devido a atrasos na construção do FPSO devido à pandemia de Covid-19.
A MODEC do Japão foi responsável pela engenharia, aquisição, construção, mobilização, instalação e operação do FPSO Guanabara MV31 , incluindo equipamentos de processamento de topsides, bem como sistemas de casco e marítimo. A embarcação foi convertida e integrada no estaleiro DSIC, em Dalian, na China. Após deixar a China, parou por cerca de dois meses no estaleiro Drydocks World Dubai, em Dubai, onde foram realizadas as atividades de comissionamento.
Campo de Mero
Fernando Borges , diretor de Exploração e Produção da Petrobras, destacou que o desenvolvimento do campo de Mero será decisivo para a empresa manter o ritmo acelerado de produção do pré-sal. Também reflete a estratégia da Petrobras de focar em ativos em águas profundas, que combinam reservas substanciais, alta produtividade e resiliência mesmo em cenários de baixo preço do petróleo.
Importante destacar que, o Consórcio Libra que detém o campo de Mero é operado pela Petrobras (40%), em parceria com a Shell Brasil (20%), TotalEnergies (20%), CNPC (10%) e CNOOC Limited (10%), com o Pré-Sal como seu gerente. Petróleo SA (PPSA). A Petrobras também está trabalhando em uma solução focada na redução das emissões de gases de efeito estufa e no aumento da produtividade e eficiência do projeto. O equipamento HISEP removerá o excesso de gás rico em CO2 e presente no Mero.
A Petrobras iniciou uma busca por fornecedores para projetar, construir, instalar e testar a tecnologia de Separação por Alta Pressão (HISEP) em janeiro de 2022. A tecnologia visa separar e reinjetar gás com alto teor de CO2 produzido ao lado do petróleo ainda no fundo do mar.